O transtorno do pânico pertence ao grupo de transtornos de ansiedade. Este conjunto de transtornos, de acordo com o psiquiatra Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, têm em comum a estimulação de reações defensivas do organismo que fazem com que o sistema nervoso fique em estado de alerta. Dessa forma podemos dizer que durante este período o cérebro encara situações inofensivas como um perigo iminente, levando a pessoa a ficar excessivamente ansiosa e com medo.
O transtorno do pânico se caracteriza por crises inesperadas. Entre os principais sintomas estão o medo, a insegurança e o desespero, aparentemente sem qualquer risco real.
Essas crises provocam sintomas físicos e psíquicos. Além disso, a pessoa tem dificuldade nas atividades diárias, e uma preocupação constante de um novo episódio, que pode ocorrer, inclusive, durante o sono, como explica o psiquiatra.
Os sintomas podem ser tão assustadores que muita gente confunde a crise de pânico com infarto, o que aumenta a sensação de morte.
Os transtornos mentais não são regularmente abordados na mídia e, justamente por isso, é importante quando pessoas públicas que já passaram por estes episódios comentam sobre o assunto. Alguns famosos como Jennifer Lopez, Fátima Bernardes e o padre Fábio de Melo falaram abertamente sobre o tema, informando e diminuindo o preconceito sobre a questão.
"A cura do transtorno do pânico existe e quanto mais cedo for diagnosticado, mais fácil é alcançá-la. O tratamento é realizado de forma medicamentosa e em alguns casos também pode ser indicada a psicoterapia, que pode ser feita pelo próprio psiquiatra ou pelo psicólogo. Dependendo de cada caso, algumas vezes também é necessário realizar um tratamento em equipe", emenda Antônio Geraldo.