"Queria que eu fosse ativa", diz modelo trans que saiu com jogador Murilo Becker

Vanessa Vaz fala da relação com jogador de basquete quando ainda era casado com Patrícia Pontes, que o acusa de agressão

Foto: Reprodução/O Dia
Vanessa Vaz fala sobre envolvimento com Murilo Becker

Os últimos desdobramentos da situação do jogador de basquete Murilo Becker, acusado de agredir a ex-mulher, Patrícia Pontes , com quem tem cinco filhos, continuam dando o que falar. Nesta terça (14), às 9h, vai ao ar a entrevista que a modelo Vanessa Vaz, de 42 anos, concedeu ao canal do youtuber Bruno Di Simone.

Durante o bate-papo, ela falou que os dois se conheceram por meio de um anúncio em um site de namoro: "Ele entrou em contato comigo no dia 27 de novembro de 2015. Eu o atendi em casa e cobrei o valor da hora, R$ 300". Questionada se o conhecia e sabia do seu trabalho na seleção brasileira, disse que não, "mas o porteiro do meu prédio, sim, e veio me contar depois".

Em seguida, ressaltou que agiu naturalmente e imaginou que Murilo fosse casado. Até porque, como fez questão de frisar, "homens, quando procuram mulheres trans, querem algo a mais". "A gente não tem muita intimidade com o cliente. Nesse caso, por exemplo, foi uma relação profissional, e não um envolvimento. Foram dois atendimentos de uma hora cada, nos dias 27 e 28 de novembro", revelou.

Vanessa também foi taxativa ao dizer que não houve mais nada além daquele fim de semana: "Não me procurou mais. Eu não era uma trans ativa, era passiva, por já estar fazendo tratamento hormonal naquele período para fazer a cirurgia. Vi que não era aquilo que ele queria ou desejava. Por isso, acho que foi só um encontro casual de cliente e pronto".

Apesar de mencionar que Becker se sentiu "muito à vontade, foi gentil, educado, supercarinhoso e, em momento algum, agressivo", explicou que trouxe a história à tona por já ter vivido um relacionamento abusivo, sabendo dessas denúncias posteriormente. "A gente não pode deixar isso impune, tem que fazer barulho, se unir. A mulher é um bem precioso... deve ser respeitada, e os homens precisam saber disso, principalmente os machistas, que acham que podem atacá-las", frisou.

Por último, afirmou não trabalhar mais como acompanhante, viver entre Brasil e Itália, ter procurado Patrícia (após bloqueá-la no WhatsApp) por solidariedade e não temer qualquer represália do atleta: "Não tenho nenhum contato com ele, muito menos medo de ameaça. Penso na vítima. Não posso me calar, nem temer. Penso nos filhos. Estou falando a verdade, então, falaria na cara dele para nunca mais tocar a mão numa mulher".