Na noite da última quinta-feira (17), Juliana Amaral chorou ao lembrar do irmão, o humorista Paulo Gustavo, morto no dia 4 de maio por complicações da Covid-19. A produtora compartilhou uma imagem em seu Instagram em que aparece chorando. "Tá muito bizarro sem você, irmão", escreveu.
Essa não é a primeira vez que produtora usa as redes sociais para homenagear o irmão. Sempre que pode ele reforça a saudades de Paulo Gustavo e a importância de se cuidar contra Covid-19. "Sim, meu irmão tratava todas as questões políticas com amor, leveza, alma, alegria e humor! Ele me dizia que o humor que ele fazia, iria transformar até o intransformável. Ele era muito otimista! Que um dia iriam existir mais pessoas boas do que ruins! Não deu tempo pra ele estar com todos nós nessa vida terrena, sentindo na prática todo esse movimento e evolução pelo que ele tanto lutava. Ele ficava tão feliz com cada pessoa que escrevia pra ele dizendo que ele a tinha curado disso e daquilo", escreveu ela em 11 de maio, três dias após a morte do ator.
Em 29 de maio, Juliana Amaral voltou às redes para rebater o desejo de condolências realizado por Jair Bolsonaro (sem partido) à família do ator. "Sr. presidente, me disseram algo sobre o senhor ter postado condolências à minha família. Só agora tive forças de vir responder como o senhor merece, e o mínimo que eu posso lhe dizer é que, por coerência, nunca mais ponha na sua boca o nome do meu irmão", iniciou ela, em postagem no Instagram.
"Essa boca que disse não à vacina e condenou tantos à morte, essa mesma boca que debochou imitando pessoas com falta de ar, pessoas que viveram o horror que meu irmão viveu, não pode ser usada para pronunciar o nome dele nem lamentar a morte de todos os vitimados pela Covid. Também espero que o senhor não despeje sobre minha família os seus mais sinceros sentimentos pois eu não os aceito", continuou Juliana.
"Não sei que sentimentos tem um homem que deixa um país inteiro entregue à morte. Guarde pra você seus sentimentos e não nos obrigue a lidar com eles. Seus votos de pesar também peço que deposite em sua própria consciência, pois é sobre o seu governo que pesa a pior gestão desta pandemia mundial. Espero que o senhor saiba que meu irmão e você não tinham nada em comum. Vocês trafegam em vias opostas. Enquanto ele ia na estrada da vida, do afeto, da generosidade e empatia, o senhor vem pelas trevas, trazendo escuridão e morte. O Brasil que o senhor comanda carrega nas costas quase 500 mil filhos mortos, e dentre eles o meu irmão", encerrou a irmã de Paulo Gustavo.