As músicas da curitibana Bibi Babydoll são sucessos em diversos países do mundo, como o hit "Automotivo Bibi Fogosa", que foi top 1 no Spotify da Ucrânia e alcançou a posição 75 na Billboard Brasil Hot 100. Diversos internautas comparam a trajetória da artista independente com Anitta, outro furacão brasileiro, que apresenta o funk nacional pelo mundo.
"Acredito que a Anitta tenha grande mérito no reconhecimento do funk no âmbito global. Graças ao jeito que ela associa a cultura do funk a sua história, vivência e trabalho, o gênero está sendo mais reconhecido. Ela trabalha muito bem a imagem do funk. Porém, falando de canções que realmente foram ouvidas no mundo todo, eu tenho uma grande participação e importância nisso com o hit mundial ‘Automotivo Bibi Fogosa’. Uma música nacional, funk, 100% em português e muito ouvida até hoje pelo mundo todo. Muitos outros nomes também foram importantes, muito ouvidos e ajudaram no fomento do funk nos 4 cantos do mundo. Nomes como Verônica Costa (a mãe loira), Tati Quebra Barraco, Mr Catra, assim como mais recentes como Mc GW, Menor do Alvorada, Kevin O Chris, Dennis DJ, Dj K, e tantos outros representam o ritmo pelo mundo", pontua a cantora.
Bibi acredita que quando Anitta fala em pioneirismo e sobre levar o funk para o mundo, ela não quer menosprezar outros funkeiros que bombaram fora do Brasil. "Ela tem o mérito dela e trabalha duro para isso. Ela não só levou o funk brasileiro para um conhecimento global, levou também a cultura, nome e óbvio, toda a versatilidade musical para outros países. Colocou o Brasil em evidência e reconhecimento mundial, e isso é muito admirável e importante para todos que trabalham com música e que são brasileiros. Porém, ela não é a única, como muitas vezes é colocada. Até porque funks em destaque, musicalmente falando, de fato ouvidos através do mundo, pertencem a mim e ao Mc GW".
Fazer sucesso em outros países não foi algo planejado para Bibi. Ela afirma que o DJ Brunin XM investiu apenas 30 reais na divulgação do primeiro single que ultrapassou as barreiras. "Tudo aconteceu muito rápido e sem programação alguma. A música que estourou e atingiu o top 1 viral global e top 89 global do Spotify foi literalmente gravada embaixo de um cobertor, na minha casa, com um microfone de R$30 do mercado livre, despretensiosamente. Enviei as vozes pro Brunin XM, um produtor que o Dj Mu540 me recomendou, e lançamos sem muitas burocracias. E foi esse estouro e sucesso todo. O DJ investiu no máximo R$30 na divulgação no tiktok e tivemos uma das músicas mais ouvidas do mundo. Tudo muito orgânico e rápido demais", comenta.
A jovem também fala sobre seu papel na divulgação do funk para o mundo. "Acredito que agora, como artista independente, e atualmente em tour pela Europa, passo a levar o funk para um público novo, e apresento nossa cultura que, em si, já é muito miscigenada. A própria Bibi Fogosa é um funk brasileiro do subgênero Automotivo paulista produzido por um carioca e performada por uma curitibana. Fico muito feliz de representar essa nova possibilidade de criação, ainda mais levando minha língua nativa a ser reconhecida e apreciada pelo mundo todo. Recebo diariamente comentários de gringos que estão aprendendo português por minha causa porque se apaixonaram pela minha música, e isso é um ganho cultural muito grande", finaliza.