Monique Alfradique comemora o primeiro monólogo: "Novos aprendizados"

A atriz falou dos obstáculos e superações em fazer um trabalho sem lei de incentivo e declara luta em prol da cultura e arte no atual cenário brasileiro

Com mais de 23 anos de carreira, Monique Alfradique resolveu se reinventar e aprimorar sua arte com seu primeiro trabalho em um monólogo: ‘’Como Ter uma Vida Quase Normal’’, em cartaz no teatro Folha, em São Paulo, até dia 15 de dezembro. "Sempre tive fascínio pela troca com o público que o monólogo proporciona para o ator, e pelo desafio em estar no palco tendo apenas o público como seu maior aliado", diz a atriz ao iG Gente .

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Foto: Pino Gomes
Monique Alfradique

Segundo Monique Alfradique , o desejo de atuar neste tipo de peça foi alimentado ao assistir Fernanda Torres em em “A casa dos budas ditosos” e Cristiane Torloni em “Joana D’arc’’. No entanto, foi ao conhecer o livro "Como Ter uma Vida Normal Sendo Louca", de Camila Fremder e Jana Rosa, que este desejo ganhou força, não é à toa que seu monólogo é inspirado nesta obra.

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"Achei um humor inteligente e irônico, o que me fez despertar o interesse em adaptar o texto para o teatro . No meio disso, conheci o Rafael Primot em “Deus Salve o Rei” e começamos a falar de possíveis projetos, inclusive o monólogo. Ele topou, fez uma adaptação dinâmica e atual, lapidei com 'meu humor', com algumas histórias reais e observações do cotidiano", explica ela sobre a inspiração no livro.

’Como Ter uma Vida Quase Normal ’’ é uma  comédia sobre a vida de uma mulher contemporânea tentando sobreviver nos dias de hoje. Nesta adaptação, ela coloca um pouco de si em sua personagem como ao tocar piano e dançar sapeteado, além de algumas vivências pessoais. "Uma das grandes vantagens em se fazer um monólogo é isso, você usar algumas experiências para ajudar a contar a história", declara a atriz.

Foto: Pino Gomes
Monique Alfradique

"Na verdade tem não só um pouco de Monique ali, como questões de muitas mulheres. Esse discurso autoral se perde porque o próprio público se identifica e se apropria das histórias. Isso é maravilhoso. A peça é ágil, inteligente e engraçado, e narra a história de uma mulher moderna, que depois de passar por decepções amorosas, fracassos profissionais, experiências nada convencionais na vida virtual, permanece incansável tentando lidar e sobreviver com seus dilemas contemporâneos, ou seja, tem muita gente que vai se identificar com as situações abordadas ali, inclusive eu", conta.

Com Rafael Primot, Celia Forte e Selma Morente, a artista faz parte da produção executiva do espetáculo e declara com felicidade: "Essa vivência está me trazendo novos aprendizados e experiências".

Apesar da empolgação com esta novidade na carreira, a artista pontua que não tem sido tão fácil: "Neste primeiro momento da peça estou contando apenas com apoiadores e parceiros, sem a lei de incentivo e tem sido tudo um grande desafio", afirma ela, dizendo ainda que a reação positiva do público tem sido essencial.

Monique aproveita para falar sobre luta em prol da cultura e da arte no atual cenário brasileiro. "É um momento delicado, que está nos levando ao retrocesso. Isso é preocupante. A melhor forma de reagir é fazendo acontecer, não vamos deixar de fazer a nossa arte. Promover a cultura é fundamental para a educação e reflexão na nossa sociedade, para criamos indivíduos que tenham embasamento para dialogar sobre seus deveres e direitos. Estou fazendo isso com minha peça, produzindo e correndo atrás para que as coisas aconteçam, para colocar minha arte na rua", expõe. 

Juju Salimeni mostra gingado com look ousado

Foto: Divulgação
Juju Salimeni

Rainha de bateria da X9 Paulistana, Juju Salimeni já está em clima de Carnaval e no último domingo (29) participou da gravação do CD de samba-enredo da Folia 2020 da escola de samba, em São Paulo.

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Para a ocasião, a loira apostou na ousadia e caiu no samba usando um micro vestido transparente e para lá de decotado.

A volta de Fall Season na Warner Channel

Foto: Divulgação
'Riverdale'

Tem novidade chegando no horário nobre da Warner Channel: a  volta de episódios inéditos das principais séries da emissora. A 4ª temporada de "Riverdale" dá início a Fall Season no dia 9 de outubro, às 21h40.

A programação continua com a 3ª temporada "Young Sheldon" no dia 13, às 22h.  Já os Irmãos Winchester voltam para a 15ª temporada de "Supernatural" no dia 22, às 21h40. Dois dias depois é a vez de "Legacies", série derivada do universo de "The Vampire Diaries", retornar para a 2ª temporada, às 21h40.

"Pacificado" no Festival de San Sebastian

Foto: Juan Navarro Gimenez
A atriz Debora Nascimento e a produtora Paula Linhares no palco do Festival de San Sebastian

Na última semana, o Brasil foi contemplado no Festival de San Sebastian, na Espanha. "Pacificado", com direção de Paxton Winters, levou três principais prêmios da ocasião: Melhor Filme, Melhor Fotografia para Laura Merians, Melhor Ator para Bukassa Kabengele. Na ocasião, Debora Nascimento, que também está no filme, recebeu o troféu em nome do ator.

"Pacificado" se passa no Rio de Janeiro e conta a história de Tati, uma menina introspectiva de 13 anos que luta para se conectar com seu pai, libertado da prisão no momento turbulento das Olimpíadas do estado. Enquanto a polícia batalha para ocupar as favelas ao redor do Rio, pai e filha precisam navegar entre as forças que ameaçam suas esperanças para o futuro. 

Ápice da carreira de Monique Alfradique em 2019

Foto: Pino Gomes
Monique Alfradique

Além de ‘’Como Ter uma Vida Quase Normal’, ela está pronta para viver a policial Yohana em "A Dona do Pedaço" e brilhar em outros três títulos no cinema: "Virando a Mesa’’, no papel de prostituta e dançarina; "O Amor dá Trabalho’’, uma comédia com Leandro Hassum e em “Reação em Cadeia’’, que mistura filme de ação, suspense e romance.

Ao iG Gente , ela adiantou alguns detalhes de suas personagens nesses títulos, afirmando que todas são mulheres autênticas com  histórias envolventes. Monique ressalta ainda que "Virando a Mesa’’, dirigido por Caio Cobra, "traz ação com uma pitada de humor ácido. Num caminho bem Tarantino e Guy Ritchie". 

"A Nina, de ’Virando a mesa’, é uma dançarina de pole dance, garota de programa, livre e é movida a adrenalina. Fiz alguns meses de preparação, visitei casas noturnas e conversei com algumas meninas que dançavam a noite para compor a personagem, além das aulas de pole dance. Já Lara ("Reação em Cadeira") é uma personagem que flerta com o perigo e é extremamente impulsiva. O filme conta a história de romance, com sequências de ação e suspense. Estou animada para o resultado", informa Alfradique.

Cheia de trabalhos neste último semestre do ano, a atriz está orgulhosa de si e diz: "São muitas produções e fico muito feliz de estar tão presente na indústria cinematográfica e com papéis tão bacanas e distintos. É importante para o ator poder mostrar sua versatilidade. Alguns deles foram gravados em um curto espaço de tempo, outros não, mas calhou de serem lançados no mesmo período. São trabalhos muito bacanas e espero que gostem do resultado".

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Aos 33 anos, Monique Alfradique fala sobre as mulheres da sua geração e diz acreditar que estão mais conectadas, aprendendo a se protegerem, se unindo e exigindo seus direitos. A artista também opina na importância do movimento feminista dizendo: "Na verdade, é preciso uma uma mudança cultural ampla sobre o respeito aos direitos da mulher e do seu corpo. Essa transformação deveria começar na base, dentro de casa, ter forte apoio na escola".