Nesta quinta-feira (19) o Brasil celebra o Dia do Indígena, mas as festividades se estenderão até o fim de semana. Nos próximos dias 21 e 22 de abril, a Caixa Cultural São Paulo recebe o projeto Caravana Mekukradjá - Literatura Indígena em Movimento​, idealizado pelo escritor e vencedor do Prêmio Jabuti 2017  Daniel Munduruku . Preparando-se para o grande dia, o professor e literário conversou com a coluna para contar um pouco mais sobre as suas perspectivas entorno do tema na literatura .

Professor e escritor indígena, Daniel Munduruku lidera projeto em São Paulo neste fim de semana
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Professor e escritor indígena, Daniel Munduruku lidera projeto em São Paulo neste fim de semana

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“A literatura que contruímos e estamos fazendo apareces nos livros é na verdade mais uma manifestação de um movimento maior, dos saberes indígenas, que podem se manifestar no canto, na reza, no ritual, no grafismo... é isso o que procuramos fazer nas nossas participações por aí”, conta o indígena da etnia Munduruku. “Queremos mostrar para as pessoas que a nossa cultura é holística, que não se funda em uma única manifestação e não passamos a cultura através da leitura, ela vai se manifestando em vários lugares e cumprindo um papel: o papel de educar as pessoas pra formar as pessoas”, completa o escritor.

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Em um cenário em que a figura do indígena brasileiro ainda está à mercê de muitos estereótipos, Daniel Munduruku procura mostrar uma outra narrativa. “minha intenção sempre foi educar o olhar das crianças brasileiras sobre essa questão indígena, que é uma questão pouco conhecida”, conta. O Projeto Caravana, por sua vez, nasceu nesse sentido de fazer com que a literatura indígena chegasse em outros lugares além das próprias escolas, conquistando novos públicos. “Essa caravana vai além do espaço escolar e pretende atingir a sociedade brasileira como um todo”, explica o escritor.

Uma história mal contada

A necessidade de que essa literatura chegue em outros públicos, para Daniel Munduruku, é uma porta para que a história brasileira também seja contada de outra forma. “A literatura indígena é engajada nesse olhar diferenciado. Ela oferece a oportunidade de adentrar em nossa cultura de uma forma mais dinâmica. De oferecer esse olhar mais ficcional e que reforça uma ideia de que os nossos povos são povos que tem toda uma história”, comenta.

Para o escritor, o Brasil ainda se apresenta como um país jovem e, consequentemente, em crise de identidade. “O Brasil antes de mais nada precisa se reconhecer, reconhecer também sua história e não ficar brigando com ela. O Brasil é um país que tem uma série de dificuldades de aceitar a sua própria história”, completa, relembrando a diminuição da participação dos indígenas no processo histórico contado nas escolas do país. “Sempre fomos considerados uma parte negativa da história brasileira e isso está tão introjetado na cabeça da nossa gente, que não é possível descolar o indígena de uma imagem negativa, colonizadora”, explica.

Entretanto, o professor alerta: “não é também para acharem que vivemos em um mundo lindo e perfeito. Nossas narrativas nos mostram como humanos e nessa condição estamos sujeitos a todo tipo de alegrias e dores que permeiam a nossa experiência de humanidade”.

Uma cidade também indígena

O Projeto Caravana Mekukradjá receberá, além de Daniel Munduruku, Aurilene Tabajara, Cristine Takuá e Cristino Wapichana, autores e professores indígenas. As duas vivências trarão contação de histórias, apresentações de canto e danças, pinturas corporais além de debates que permeiam a temática. “É uma oportunidade para mostrar para o pessoal de São Paulo que ele é também indígena”, comenta relembrando a existência de tribos indígenas que permeiam a capital. “Essa presença não pode ser esquecida”, completa.

Para Daniel Munduruku, trazer a caravana para a capital brasileira mais uma vez é motivo de celebração que ele procura compartilhar com todos os presentes. “Queremos convidar a cidade inteira pra ir com a gente, pensar, cantar dançar, vivenciar esses princípios da cidade para que o paulistano não perca de vista sua própria ancestralidade”, completa o indígena.

Para aumentar a biblioteca

Uma história de amor arrebatadora é o que tece o livro da paulista Helena Andrade, indicada ao prêmio Oceanos 2018. No cenário da Amazônia, “Divina Essência” traz Melissa, uma bióloga que é engajada na pesquisa de plantas com propriedades terapêuticas e, após anos de estudos, acaba descobrindo uma flor rara capaz de trazer novas possibilidades para o tratamento de uma doença hematológica. Rumo a uma pesquisa, a estudiosa acaba conhecendo Giovanni, um jovem médico italiano com quem acaba se envolvendo, mas não será capaz de viver essa grande paixão.

O lançamento de “Divina Essência” acontece neste sábado (21) na Livraria Saraiva Mega Store no Shopping Rio Sul. A entrada é gratuita.

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Com a corda toda!

Gabi Bayerlein em ensaio
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Gabi Bayerlein em ensaio

A modelo Gabi Bayerlein parece que está curtindo bastante a vida de solteira. Há pouco mais de um mês na pista, a musa resolveu mostrar que está com a corda toda e soltar o seu lado sensual no litoral paulista. Mas as novidades não param por aí: Gabi também está se preparando para o primeiro ensaio nu da sua carreira que será exibido na primeira edição da revista Eros. “Estou me sentindo muito bem e poderosa. Fiz questão de dispensar o retoque, quero mostrar a beleza da mulher de verdade”, comentou.

Primeira vez no Brasil

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Gavin James vem ao Brasil para shows

Um dos ícones da música pop atual, Gavin James, chega ao Brasil em maio para dois shows nas capitais brasileiras: dia 04 no Blue Note no Rio de Janeiro e dia 05 em São Paulo, no Carioca Club. O cantor é dono de canções como Nervous, escolhida como tema do casal Eric (Mateus Solano) e Luiza (Camila Queiroz) na novela “Pega Pega”. Em clima de lançamento do seu segundo disco, trazendo inéditas como Hearts On Fire. Os ingressos variam de R$ 90 a R$ 340.

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