Claudia Dayé , autora do livro “Joalheria no Brasil, história, mercado e ofício” conversou com o iG Gente e falou para a coluna Bastidores um pouco sobre o processo da obra. Segundo Cláudia, ela precisou “explorar um terreno novo” para reunir um material que ainda não foi coletado. “Não encontramos informação relevante em grandes jornais, e na mídia dirigida de décadas atrás, a informação é rasa, sem registro de datas, nomes e mesmo autoria dos artigos”, contou.

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Capa do livro “Joalheria no Brasil"

A autora também teve dificuldades de encontrar pessoas dispostas a darem depoimentos. Isso porque muitas delas já morreram ou não foram localizadas. Outras não quiseram participar, com receio da exposição de seus nomes e marcas. “Na minha proposta de trabalho, as informações foram segmentadas por temas, como aparecem no livro, sendo que  muito assuntos se referem a mais de uma área de conhecimento, pois a maioria das coisas estão extremamente ligadas”.

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Para Claudia, o design de joias no Brasil é uma atividade que se difundiu recentemente, principalmente quando falamos de um ofício milenar. "Se nosso país tem 500 anos, a atividade joalheira vai ter início mesmo, há 200 anos, sendo antes as joias importadas do mercado europeu, especialmente Portugal", comenta. "A produção joalheira no Brasil por muito tempo vai espelhar os modelos desenvolvidos lá fora. Por volta da década de 1960, a indústria joalheira tem um "boom", em função do pós-guerra, da industrialização e da forte imigração, trazendo grande parte dos precursores das atuais marcas".

Ainda de acordo com a autora, os moedelos brasileiros de fato buscam sua própria indentidade por volta dos anos 90. "Se a joalheria brasileira é recente, o "designer de joias" é um profissional ainda mais novo no mercado".

Escritora
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Escritora


Crise

Questionada sobre o mercado das joias ser à prova da crise econômica, Cláudia não acredita. "Ninguém fica completamente imune num ambiente de crise. O que eu vejo é que o mercado de luxo abrange dois tipos de categoria: uma que abraça produtos etéreos, que estão além de um uso próprio ou de uma sazonalidade, mas são intrínsecos à existência humana, que é o caso da arte e da joia. E há uma categoria de produtos que prevê uma utilidade, confinados a seu período de uso, tem um tempo próprio e geralmente estão atrelados à moda", acredita.

"Parece um paradoxo dizer que o que é considerado supérfluo está à prova de crises econômicas enquanto o mercado de gêneros de primeira necessidade sofrem sérios abalos. Seria dizer que o consumidor de produtos de luxo está protegido de oscilações. Mas se olhamos para os índices de mercado, vemos que, independente do ticket médio do consumidor, os produtos que menos se abalam com a crise financeira são dos segmentos de beleza, estética, mobilidade, comunicação e tecnologia", completa.

Tecnologia

De  acordo com a autora, as novas tecnologias mudam o modo de fabricação da joia. "O designer e a indústria dispõem de ferramentas que aceleram o tempo de produção, seja na concepção, onde o designer, por exemplo, dispõe de softwares que calculam pesos e medidas das peças, simulam joias com diferentes pedras e cores, ou na produção, com sistemas que finalizam os modelos em maior escala e velocidade", cotou. Por outro lado, segundo Claudia,muitos artistas joalheiros também utilizam estas e outras ferramentas no seu processo artístico, ampliando detalhes que não são vistos a olho nu.

Prêmio Multishow

Alok e Zeeba vão agitar o Prêmio Multishow 2017 que será realizado na próxima terça-feira, dia 24.  Com o tema “Música é o Poder”, o evento será transmitido para todo o Brasil ao vivo a partir das 22h.

Os artistas que contarão com a participação especial da Orquestra Simphonica Villa Lobos, prometem levantar a galera ao som de seus grandes sucessos, incluindo o premiado hit “Hear Me Now”. “Estamos muito felizes e animados em fazer parte dessa festa tão especial e importante para a música brasileira. Esperamos que todos curtam bastante!”, convidam Alok e Zeeba.

"Lygia, uma escritora brasileira"

O que faz de uma escritora com mais de 80 anos de atividade literária, ainda contemporânea? Como suas obras estabelecem diálogo com jovens gerações de blogueiras e ativistas de causas como as do LGBT ao mesmo tempo em que mergulha numa São Paulo que já não existe mais?

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"Lygia, Uma Escritora Brasileira"

Por meio de um passeio das nossas câmeras por São Paulo da década de 1940 e de hoje, o documentário  "Lygia, uma escritora brasileira" faz um mergulho nos fragmentos de memória da cidade e da própria escritora. Utilizando o vasto material de arquivo disponível no acervo da TV Cultura sobre Lygia e, ao mesmo tempo, conversando com personagens que pontuaram e ainda pontuam a história da autora e sua obra, o documentário traz ao espectador facetas pouco conhecidas da escritora.

Realizado pela equipe da TV Cultura, com direção de Helio Goldsztejn, o filme estreia em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre no dia 23 de novembro.



"O Outro Lado do Paraíso"

A nova novela das nove, "O Outro Lado do Paraíso", de Walcyr Carrasco estreia nesta segunda-feira (23), substituindo "A Força do Querer" na Rede Globo. No entanto, a trama já começa com uma tragéria: Jonas ( Eucir de Souza ) vive em uma pequena casa no Jalapão com sua filha Clara (Bianca Bin ) e seu pai Josafá ( Lima Duarte ). A renda da família vem de um pequeno bar na beira da estrada. Mas Jonas acredita piamente na existência de uma jazida de esmeraldas nas terras da família.

Reprodução/Globo
"O Outro Lado do Paraíso" já começa com tragédia


O caminhoneiro decide utilizar bananas de dinamite para procurar pelas pedras preciosas em um buraco. Mas seus planos não saem exatamente como o planejado. Sua perna fica presa em uma pedra e a explosão ocorre lá. Clara e seu avô Josafá ( Lima Duarte ) ouvem o estrondo da explosão e correm chamando pelo nome de Jonas. 

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