Grávida de Taubaté: 13 anos depois, ela fala sobre a farsa
Reprodução/Arquivo pessoal
Grávida de Taubaté: 13 anos depois, ela fala sobre a farsa

Treze anos após um dos episódios mais marcantes da história recente da TV brasileira, Maria Verônica Aparecida César Santos, conhecida nacionalmente como a Grávida de Taubaté , voltou a falar sobre a falsa gestação que a tornou famosa em 2012 .

Em uma entrevista rara, concedida ao Anima Podcast, a pedagoga, hoje com 43 anos, revisitou o episódio que mobilizou emissoras, despertou solidariedade e, mais tarde, se transformou em um dos maiores casos de fake news do entretenimento nacional .

“Na minha cabeça, eu estava grávida de quatro. Ali, eu estava grávida. Não tinha razão para pensar que aquilo não estava certo, que estava errado”, afirmou Maria Verônica, relembrando o período em que acreditou estar esperando quadrigêmeas.

Na época, a moradora de Taubaté, no interior de São Paulo, dizia estar grávida de quatro meninas — que já tinham até nome: Maria Clara, Maria Eduarda, Maria Fernanda e Maria Vitória.

A história comoveu o público e gerou uma onda de doações, incluindo fraldas, roupas, móveis e dinheiro . O caso ganhou repercussão nacional quando ela começou a dar entrevistas a emissoras de TV exibindo uma grande barriga que, supostamente, abrigava os bebês.

Hoje, Maria Verônica admite que, quando percebeu que a gestação não evoluía, passou a usar enchimentos para simular o crescimento da barriga .

“Era tudo pano”, contou.

Segredos e cumplicidade

A pedagoga contou ainda que o marido, Kléber Melo, não sabia da farsa. Para manter o segredo, ela evitava situações que pudessem levantar suspeitas.

“Eu tomava banho sozinha, me arrumava sozinha. O que ele achava, só ele vai saber te responder”, disse.

Maria Verônica revelou também que teve ajuda de uma pessoa próxima, que sabia da mentira e a auxiliava na confecção dos vestidos e na montagem da barriga.

Da comoção ao processo

O caso da “Grávida de Taubaté” rapidamente saiu das páginas de curiosidade para as de polícia. A mulher chegou a responder a um processo por estelionato, já que havia recebido doações durante o período da falsa gestação. O inquérito foi encerrado três anos depois, com a d efesa alegando que ela sofria de um quadro de gravidez psicológica .

“Não quero me vitimizar. Só quero que entendam que, naquele momento, eu realmente acreditava”, concluiu.

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