
O ator Eric Dane , conhecido por interpretar o Dr. Mark Sloan em Grey’s Anatomy , revelou que enfrenta a Esclerose Lateral Amiotrófica ( ELA ), doença neurodegenerativa progressiva. A declaração foi feita em entrevista a Diane Sawyer , que vai ao ar nesta segunda-feira (16), no programa Good Morning America .
Essa é a primeira vez que o ator fala em rede nacional sobre o diagnóstico, confirmado em abril . Aos 52 anos, Dane compartilhou à ABC News como tem lidado com os impactos físicos e emocionais da condição. “ Acordo todos os dias e sou imediatamente lembrado de que isso está acontecendo. Não é um sonho ”, afirmou.
"Ainda não é o fim da minha história", diz ator
Apesar dos desafios, Dane garantiu que não perdeu a esperança. “ Não acho que isso seja o fim da minha história ”, disse. “ Não sinto que esse seja o fim de mim. ” O ator é pai de duas filhas e segue fazendo planos para o futuro, mesmo com o avanço da doença.
A ELA afeta os neurônios motores do cérebro e da medula espinhal, causando enfraquecimento muscular progressivo. Segundo o Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH) , a doença pode levar à paralisia e dificultar movimentos , fala e respiração . Não há cura conhecida, mas medicamentos e terapias ajudam a desacelerar os sintomas .
Além da participação em Grey’s Anatomy , onde ganhou fama como “ McSteamy ”, Dane interpretou Cal Jacobs na série Euphoria , da HBO . Mesmo com o diagnóstico, ele afirmou que pretende retornar ao elenco da produção em futuras temporadas.
Em entrevistas anteriores, Dane já havia falado sobre outras batalhas pessoais, como vício e questões de autoestima durante o auge da fama.
O que é a ELA?
A Esclerose Lateral Amiotrófica é uma doença degenerativa e progressiva que atinge o sistema nervoso e causa paralisia motora irreversível . A condição afeta entre 1 e 2 pessoas a cada 20 mil por ano e, normalmente, leva à morte entre três e cinco anos após o diagnóstico . A ELA compromete funções como movimentar , falar , engolir e respirar .
Segundo o material técnico do Ministério da Saúde , a ELA possui tratamento gratuito por meio do SUS desde 2009. A doença ganhou visibilidade mundial por meio do físico britânico Stephen Hawking , que viveu com a ELA até sua morte, em 2018. O nome da doença descreve seus efeitos: “esclerose” se refere ao endurecimento da medula, “lateral” à região afetada e “amiotrófica” à perda muscular.
A ELA começa com sinais discretos, como cãibras , fraqueza , alterações na fala e perda de coordenação . Ao longo do tempo, a pessoa perde a capacidade de andar , engolir , respirar e realizar tarefas básicas . Não há cura, e os medicamentos disponíveis servem apenas para aliviar sintomas e desacelerar a progressão da doença .
Apesar das pesquisas, a causa da ELA ainda não é conhecida com exatidão. Em 10% dos casos, ela tem origem genética . Outras possíveis causas envolvem desequilíbrios químicos no cérebro , doenças autoimunes e problemas no processamento de proteínas . O diagnóstico pode ser difícil, pois os sintomas simulam outras condições.
A maior incidência ocorre em pessoas entre 55 e 75 anos, com leve predominância entre homens. A ELA é classificada como uma das principais doenças neurodegenerativas , ao lado de Parkinson e Alzheimer . Desde 2014, ela integra a Política Nacional de Atenção às Pessoas com Doenças Raras .