
Fátima Bernardes voltou a falar sobre sua fobia de avião. O problema a faz evitar viagens aéreas, além de comprometer o conforto durante o percurso. A jornalista, que sofre de ansiedade, desenvolveu a fobia ao longo do tempo.
Em seu canal no YouTube, ela contou que a imprevisibilidade da vida foi a precursora. "Quando somos ansiosos, temos ilusão de que controlamos toda a nossa vida [...] Na verdade, nunca a vida está no nosso controle".
"A gente pode fazer a nossa parte, mas ela não está nas nossas mãos. Existe o imponderável, o imprevisível, e só passei a pensar nisso em um momento: quando passei a ter fobia de avião", avaliou Fátima.

A primeira vez dela nos ares foi aos 19 anos, em uma viagem para Nova York (EUA). De acordo com o relato, era algo normal. "Não tive nenhum problema com avião. Adorei. Em nenhum momento pensei que eu poderia não voltar daquela viagem, todos os dramas que hoje eu vivo".
O início da aerofobia
No entanto, tudo começou a mudar quando a ex-apresentadora do " Jornal Nacional " passou a ter uma profissão que a fazia viajar com frequência. Além disso, o nascimento dos filhos. Bernardes é mãe de trigêmeos: Beatriz, Laura e Vinícius, de 27 anos e frutos do antigo casamento com William Bonner.
"Comecei a desenvolver um certo medo, mas que não me paralisava. Eu entrava e voava". Em uma nova viagem para a cidade norte-americana, o primeiro episódio traumático, com uma crise de ansiedade e de pânico a bordo da aeronave.
"Estava muito ansiosa para rever as crianças depois de 9 dias e foi horrível. Tomei um remédio para dormir e deu o efeito contrário. Fiquei muito agitada, suando frio. Foi horrível", relembrou Fátima.
Após o caso, ela passou mais de dois anos sem voar — e também sem tratar o problema. Até que decidiu procurar ajuda profissional. "Fui entendendo que a fobia costuma aparecer para as pessoas que acham que têm controle de tudo, que disfarçam as inseguranças no dia a dia".
Ainda no vídeo, Bernardes conta que os momentos que lhe causam maior tensão são o pouso e a decolagem. "Quando o avião está estabilizado, fico bem. Ando no avião, vou ao banheiro, como, trabalho. É uma coisa que não tem relação com a lógica. Mas não consigo usar minha racionalidade naquela hora".
Ela fez terapia cognitivo-comportamental e terapia com realidade virtual para ajudar a lidar com o problema. Fátima também escolhe bem o assento, a companhia e o voo, além de usar medicamentos prescritos antes dos voos.