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O jornalista norte-americano Jim Acosta anunciou ao vivo, na última terça-feira (28), sua saída da CNN após 18 anos na emissora. Conhecido por questionar o atual presidente Donald Trump, Jim recusou uma proposta de mudança de horário e local feita pela rede de televisão. Segundo as informações da Associated Press , a CNN queria transferi-lo para um jornal exibido no início da madrugada em cidades como Washington e Nova York.
A emissora também sugeriu a mudança de Jim para Los Angeles, onde apresentaria um programa no horário nobre. Anteriormente, ele comandava um jornal matutino e cobriu diversos presidentes dos Estados Unidos como correspondente na Casa Branca. Durante a despedida, relembrou momentos marcantes da carreira, como a cobertura da visita de Barack Obama a Cuba, em 2016.
"Como filho de um refugiado cubano, levei para casa a lição de que nunca é um bom momento para se curvar a um tirano", afirmou. Ele também destacou a importância da imprensa na fiscalização do poder. "Sempre acreditei que é função da imprensa responsabilizar o poder. Sempre tentei fazer isso na CNN e planejo continuar fazendo isso no futuro."
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Ao encerrar o discurso, Jim fez um apelo ao público. “Segure-se à verdade e à esperança”, declarou. Pouco depois do anúncio, Trump comentou a saída do jornalista. "Perdedor. Vai fracassar em qualquer lugar", disse o presidente.
Polêmicas
A relação entre os dois foi marcada por embates públicos. Em 2018, durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca, Jim questionou Trump sobre a caravana de migrantes que tentava chegar à fronteira dos EUA. O então presidente reagiu com irritação.
“Você deveria me deixar governar o país. Você manda na CNN e, se fizesse isso bem, suas audiências seriam muito melhores”, rebateu Trump. Durante o episódio, uma funcionária da Casa Branca tentou tirar o microfone das mãos do jornalista.
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Jim também perguntou sobre a investigação de uma possível interferência russa nas eleições de 2016. Trump, então, atacou o jornalista diretamente. "A CNN deveria ter vergonha de ter você trabalhando para eles. Você é uma pessoa rude e terrível", declarou.
O episódio resultou na suspensão temporária da credencial de Jim para coletivas na Casa Branca. Em 2017, antes mesmo de Trump assumir a presidência, os dois já haviam se desentendido. Na ocasião, o então presidente eleito se recusou a responder uma pergunta do jornalista e o chamou de "fake news".