A pesquisadora e influenciadora Caroline Amanda Lopes Borges foi encontrada neste domingo (26) na África do Sul após desaparecer no sábado (25). Durante uma live no Instagram, a brasileira relatou ter sido vítima de abuso sexual e pediu ajuda. A transmissão foi feita do estacionamento de um shopping em Joanesburgo antes de ser interrompida.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, informou que Caroline foi localizada e está “muito machucada”, mas fora de perigo. O caso mobilizou autoridades brasileiras, incluindo a Embaixada do Brasil na África do Sul e a Polícia Federal, que acompanham as investigações em curso.
Caroline está na África do Sul para um intercâmbio promovido pela agência Brafrika. Segundo a agência, a pesquisadora está emocionalmente abalada, com a perna esquerda imobilizada e hematomas nos braços e mãos. “Estamos trabalhando para transferi-la de hospital, acionando o seguro e providenciando o retorno dela ao Brasil o mais rápido possível”, informou a agência.
A live de Caroline durou cerca de 20 minutos. No vídeo, ela relatou estar sendo torturada e ameaçada de morte, além de fornecer informações sobre sua localização. A transmissão ocorreu por volta das 3h no horário local, equivalente às 22h em Brasília.
Caroline Amanda tem 33 anos, é mestre em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e fundadora da plataforma Yoni das Pretas, que promove saúde íntima e bem-estar para mulheres negras.
A brasileira foi vista pela última vez ao sair de um clube em Joanesburgo acompanhada por um homem. Segundo relatos, o desaparecimento ocorreu logo após esse momento, o que levou amigos e familiares a acionarem autoridades locais.
A ministra Anielle Franco destacou a importância da ação conjunta entre autoridades brasileiras e locais para localizar Caroline rapidamente. “Estamos aliviados por ela estar viva, mas é preciso garantir que os responsáveis sejam identificados e punidos”, afirmou.
As circunstâncias do desaparecimento e o envolvimento de possíveis suspeitos seguem sob investigação. A comunidade acadêmica e seguidores de Caroline manifestaram apoio nas redes sociais, destacando sua trajetória e o impacto de seu trabalho.