Ananda , cantora do grupo Melanina Carioca, utilizou as redes sociais na noite da última quarta-feira (15) para desabafar após o Ministério Público de São Paulo arquivar a denúncia de racismo vinda a partir de um suposto áudio de Ana Paula Minerato proferindo ataques contra a artista .
"Ontem, eu acordei e me deparei com a seguinte mensagem. 9 da manhã, meu dia acabou. O racismo no Brasil é uma ferida aberta e é complicado ser parda, negra, lutando em um mundo que insiste em te desumanizar na primeira oportunidade que tem", iniciou ela.
"Recentemente, eu fui vítima de falas racistas por parte de uma mulher chamada Ana Paula Minerato. E ontem eu acordei com a notícia de que o processo tinha sido arquivado por falta de provas", lamentou a performer.
Ela, então, falou a respeito da reação de Ana Paula Minerato ao saber que o MP arquivou o caso: "Com áudio que foi veiculado em mídia nacional, e eu ainda tenho que lidar com o outro lado cantando vitória dizendo que o bem vence o mal. Quem é o mal? Perguntei, não tive resposta? Está um silêncio ensurdecedor". Ananda também contou que a influenciadora não entrou em contato com ela e não pediu desculpas pelo o que fez;
"Nenhuma: 'Desculpa'. Nem: 'Olha, não foi para você não'. Porque para ela foi um grande mal-entendido. É assim que ela está recuperando a sua imagem, se retratando com as pessoas que gostam dela. Falando mentiras ao meu respeito, para que eu perca a minha moral. Para que a minha conduta e a minha postura sejam questionadas por parte do público. Não foi mal-entendido, não foi insulto", afirmou.
"Eu não fiz nada para essa pessoa. Meu problema foi ter atravessado um caminho que se cruzou com o dela, que já era um passado. Porque deve ser muito difícil aceitar que o seu ex seguiu em frente com uma mulher que você julga ser inferior a você", disse ela ao mencionar a breve relação com KT Gomez, com quem Ana Paula Minerato namorou antes de ficar com a cantora.
Ananda reforçou a seriedade do tema e revelou como se sentiu após o vazamento do suposto áudio: "Insulto é uma coisa. Racismo é outra completamente diferente. E racismo é crime no Brasil desde 1989 [...] Crise de ansiedade, perda de peso, não sair na rua. É horrível a gente passar por isso. Quando a gente chora, ninguém ouve", ressaltou.
Por fim, a cantora disse que procurou uma assessoria jurídica para dar prosseguimento ao caso.
Assista o pronunciamento na íntegra: