Após a exibição de uma reportagem no 'Fantástico' , que abordou as suspeitas de envolvimento de Deolane Bezerra e Gusttavo Lima em um esquema de lavagem de dinheiro relacionado a apostas ilegais, a influenciadora compartilhou uma foto ao som da música "Ficha Limpa" , do próprio cantor, em suas redes sociais na noite de domingo (29). A escolha da canção, que faz alusão a uma vida "sem manchas", foi vista como uma indireta sobre o caso, dado o contexto da investigação.
Deolane e Gusttavo Lima estão entre os investigados pela Polícia Civil de Pernambuco na Operação Integration , que mira o envolvimento de diversas figuras públicas em um esquema de jogos ilegais. O sertanejo foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa, e chegou a ter um mandado de prisão expedido contra ele, posteriormente revogado pela segunda instância do Judiciário. Já Deolane, que também estava sob investigação, foi presa e, após 20 dias, conseguiu um habeas corpus que permitiu sua saída da Colônia Penal Feminina de Buíque, em Pernambuco.
Como parte das medidas cautelares, ambos foram proibidos de frequentar empresas ligadas à investigação e de tomar qualquer decisão relacionada a essas atividades. Além disso, estão impedidos de fazer qualquer tipo de publicidade ou menção a plataformas de jogos de apostas. A investigação já envolve 53 alvos em seis estados do país, incluindo outras figuras conhecidas do público.
Crime organizado
O cantor Gusttavo Lima foi indiciado pela Polícia Civil de Pernambuco por envolvimento em lavagem de dinheiro e organização criminosa , como parte da Operação Integration , que investiga jogos ilegais em seis estados brasileiros. Além do cantor, o inquérito envolve empresários, bicheiros e a influenciadora digital Deolane Bezerra.
Durante a investigação, em 15 de setembro, a polícia apreendeu R$ 150 mil na sede da Balada Eventos , produtora de Gusttavo Lima em Goiânia (GO) . A polícia ainda encontrou 18 notas fiscais emitidas em um único dia pela GSA Empreendimentos , também de Lima, em favor da PIX365 Soluções , que segundo a polícia, seria parte do esquema de apostas ilegais. O cantor é suspeito de utilizar sua imagem e voz para transações ilegais, somando R$ 8 milhões .
Outro ponto da investigação envolve a venda de duas aeronaves pertencentes à Balada Eventos, empresa de Lima, para empresários suspeitos. A primeira venda, realizada por US$ 6 milhões, envolveu Darwin Henrique da Silva Filho , identificado como membro de uma família de bicheiros de Recife . O pernambucano manteve o avião por apenas dois meses antes de devolvê-lo alegando problemas técnicos. Entretanto, a polícia descobriu que o laudo mecânico só foi emitido após o cancelamento da compra.
Em 2024, a aeronave foi novamente negociada, dessa vez por R$ 33 milhões, para a J.M.J Participações , de José André da Rocha Neto , outro alvo da investigação. O contrato dessa segunda venda envolveu também um helicóptero, que já havia sido adquirido por Rocha Neto , mas retornou para Lima no final da negociação.
A polícia aponta que essas transações foram utilizadas para lavar dinheiro proveniente de atividades ilegais. Segundo o inquérito, dinheiro sujo de apostas, como o jogo do bicho e sites de bet, era misturado com fundos legais para dificultar o rastreamento.