O jornalista Carlos Tramontina soube seguir o ditado 'fazer do limão uma limonada'. Em entrevista na última quinta-feira (28) ao programa "Fundo do Baú", transmitido pelo iG, o ex-âncora da Globo relembrou a gafe de errar o horário ao vivo e revelou qual foi o impacto na carreira.
Em fevereiro de 2019, o jornalista virou meme ao falar "Seis e ônibus", quando teria que falar o horário e chamar uma matéria sobre os ônibus da capital paulista.
Em conversa com a apresentadora Luciana Liviero, o jornalista afirmou ter aceitado de bom humor a repercussão do erro.
"Na rua, as pessoas me procuram e não falam mais 'o Tramontina da Globo', falam 'Olha ali, seis e ônibus'", revelou. "Eu descobri que eu estou atingindo um público mais jovem, então é muito legal isso e eu assumi que esta brincadeira era uma coisa legal, essa brincadeira desconstruiu a minha seriedade, mais do que tudo, me humanizou", refletiu.
O jornalista diz que recebe fotos de tatuagens que internautas fazem para homenagear o meme.
"As pessoas fazem tatuagens de 'Seis e ônibus', tatuagem na panturrilha, tatuagem no braço, tem duas incríveis que uma, o cara tatuou o 'Seis' dois pontos e o 'ônibus' no pulso. Então, toda vez que alguém perguntar para ele que horas são, ele vai olhar e falar 'Seis e ônibus'", contou.
A criatividade vai além, Tramontina também revela que um internauta tatuou o QR code do vídeo que ilustra o jornalista errando a chamada do horário. O sucesso viral foi tanto, que ele aproveitou e comercializou o meme, vendendo camisetas e canecas.
"Registrei a marca, registrei o nome... [o meme] não era por causa do Tramontina de 40 anos na Globo apresentando o jornal da Globo, Jornal Nacional, SPTV, Bom Dia São Paulo. 'Seis e ônibus' é incrível, é uma mudança de referência e quando essas coisas batem, elas ficam", avaliou.