O porteiro que viu Victor Meyniel sendo agredido no último sábado (2) foi autuado por omissão de socorro. Gilmar José Agostini, funcionário do prédio onde o crime aconteceu, não fez nada enquanto via o ator sendo espancado pelo estudante de Medicina Yuri de Moura Alexandre .
As câmeras de segurança do local registraram o momento da agressão e as imagens exibem o porteiro sentado e tomando café enquanto Yuri dava uma sequência de socos em Victor. Segundo informações da Globo, Gilmar negou que viu a situação e ainda não teria tratado bem a delegada Débora Rodrigues.
“Ao chegarmos ao prédio, ele já foi nos atendendo muito mal, falando que não viu nada, que não sabia de nada e que não ia se meter. Ele interfonou para o síndico, dizendo que ‘uma mulher estava lá fora’, mas não era nenhuma mulher, eram duas autoridades devidamente identificadas", afirmou a delegada.
Débora ainda afirmou que ficou "perplexa" ao ver as imagens, que exibem como o porteiro omitiu socorro. "Ele viu tudo e não fez nada. Ele não precisava se meter na briga, claro, pela integridade física dele, mas ele tinha o dever de pedir socorro". declarou.
A polícia pediu a conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva do homem que agrediu o ator Victor Meyniel, no Rio de Janeiro. As imagens da agressão foram registradas pela câmera de segurança do prédio onde o agressor mora. O ator conheceu Yuri de Moura Alexandre numa… pic.twitter.com/Q5j0EthViQ
— Bom Dia Brasil (@BomDiaBrasil) September 4, 2023
“Ele disse que depois interfonou para o síndico, como se o síndico fosse alguma autoridade capaz de fazer alguma coisa naquele momento. Ele deveria ter saído, sim, e pedido ajuda para qualquer pessoa — a polícia, um transeunte, ou ligado para o 192. Mas ele não poderia ficar tomando café, assistindo à pessoa apanhar daquele jeito", complementou.
A delegada afirmou que o estudante foi à academia após cometer a agressão e foi preso em flagrante após voltar ao prédio. Ele vai responder lesão corporal, falsidade ideológica e injúria por homofobia. "Ele já chegou dizendo: ‘Não toca em mim. Eu sou militar, sou médico militar. E bati mesmo. Assumo que bati. Qual é o problema?' Ele não é militar. Ele mentiu. Ele não é médico ainda, é estudante", disse Débora.
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