Homem que espancou Victor Meyniel é preso no Rio; ator mostra lesões

Yuri de Moura Alexandre foi indiciado por proferir injurias homofóbicas

Foto: Reprodução
Homem que espancou Victor Meyniel é preso no Rio; ator mostra lesões

Um homem identificado como Yuri de Moura Alexandre foi preso no Rio de Janeiro por ter agredido o ator Victor Meyniel no último sábado (2).  Uma câmera de segurança registrou em vídeo o momento que Yuri desfere diversos socos no artista. O rapaz foi indiciado por agressão e injúria de caráter homofóbico.

O caso teria acontecido por volta das 8 horas da manhã na portaria de um prédio em Copacabana, zona sul do Rio. Victor Meyniel saiu da boate Fosfobox e foi até o apartamento de Yuri, quem conheceu na casa noturna. 

Segundo o ator, Yuri mudou o comportamento após encontrar uma amiga. "Parece que virou uma chave, me botou pra fora, me empurrou. E aí nisso que ele me empurrou, como eu tava sem sapato, porque eu tirei pra ficar no sofá, eu tava no chão, ele me empurrou, foi e tacou o sapato [em mim]", contou ao g1.

Durante a confusão, Yuri e Victor desceram até a portaria do prédio enquanto discutiam.

"Na mesma hora que eu tava descendo, ele desceu. E ai eu comecei a ficar chateado com a situação, não entendi o porquê desse alvoroço todo, e falei: 'A gente tava ficando, pelo amor de Deus, qual o problema da gente estar se beijando ali, entendeu?"'.

Victor conta que após o confronto, Yuri teve um acesso de raiva e começou a lhe agredir. A câmera do local registrou o momento, quando o rapaz desfere diversos socos no ator. O vídeo também ilustra o porteiro parado, sem interferir a agressão.

"Eu lembro so do acesso de raiva dele, ele me pegar, me colocar no chão e me dar socos e socos e mais socos. Eu pedi pra ele parar e ele não parava. E o porteiro tava vendo tudo".

O ator Victor Meyniel conseguiu se reestabelecer com o auxílio de um morador. O caso foi levado a Delegacia de Copacabana, que abriu inquérito para investigar o caso. Yuri de Moura Alexandre vai responder por lesão corpora e injúria de cunho homofóbico, podendo ser penalizado em 2 a 5 anos de reclusão. 

"Ele falou que bateu mesmo, não se arrependia e se achava no direito, que ele era médico e militar da aeronáutica. Nós já investigamos, ele parece ser residente, ele não é médico ainda, e faz uma residência, mas a gente não confirmou se seria no hospital da aeronáutica. Agora, militar ele não é", comentou Victor Meyniel à reportagem. Segundo as autoridades, o agressor já tem passagem pela polícia pelo mesmo crime de injúria.