No último domingo (6), o "Fantástico" exibiu o primeiro episódio da série documental que revisita cada década do programa, em comemoração aos 50 anos
O "Fantásticos" começou com imagens do incêndio que destruiu os arquivos do programa em 4 de junho de 1976. As cenas continham muita fumaça, profissionais correndo desolados. Edna Palatnik, gerente do Grupo Globo, contou sobre o dia do acidente: "Eu me lembro da angústia das pessoas se arriscando fisicamente pra recuperar o que podiam de equipamentos e registros, fitas, filmes".
Tal incêndio fez com que os primeiros 6 meses de programa fossem perdidos. Deste modo, o "Fantásticos" recriou o primeiro episódio com a ajuda da Inteligência artificial.
O jornalista Léo Batista, de 91 anos, relembrou o quadro que apresentava no "Fantástico", onde lia os resultados da loteria esportiva. "As pessoas sabiam que domingo à noite tinha a Zebrinha" disse ele. Imagens da aparição de Batista em 1973, anunciando a "Zebrinha", foram recriadas pela Inteligência Artificial e emocionaram o jornalista.
Outras imagens perdidas foram do clipe de "Sangue Latino", de quando a banda Secos e Molhados lançou o segundo disco da da carreira nos anos de1970. Ney Matogrosso, ex-vocalista do grupo, relembrou a participação: Fomos convidados para fazer uma apresentação no Fantástico, cantamos 'O Vira' e 'Sangue Latino'", Com a ajuda da inteligência artificial e do ator Renan Mattos, que representou Ney no musical "Homem com H", o clipe foi recriado.
Cidinha Campos, primeira repórter do Fantástico, relembrou o primeiro furo de reportagem da carreira, que foi feito para o programa da Globo.Ela entrevistou Ricardo Trajano, único sobrevivente do desastre aéreo da Varig em Paris, na França, em julho de 1973. A reportagem, no entanto, foi queimada no incêndio. O documentário, então, promoveu um reencontro entre a repórter e Trajano e eles refizeram a entrevista.
Chico Anysio também fez parte do primeio episódio do "Fantástico" ,com o personagem Azambuja. Ele, então, foi recriado com a ajuda da inteligência artificial e de Nizo Neto, filho do humorista.
O programa também relembrou apresentadores que fizeram história no "Fantástico" e Glória Maria, que morreu em abril deste ano, não poderia estar de fora. Pedro Bial, que apresentou o programa com a jornalista, relembrou a época da dupla no "Fantástico". "Glória revitalizava a sede de liberdade do povo", disse ele ao reviver reportagens marcantes da repórter.