Roberto (Caue Campos) morreu em
Reprodução/Globo - 08.09.2022
Roberto (Caue Campos) morreu em "Pantanal"

O ator Cauê Campos, de 20 anos, conquistou elogios dos telespectadores ao interpretar Roberto em "Pantanal". A morte do personagem no remake da Globo incomodou o público, que torceu por uma mudança na adaptação de Bruno Luperi para o personagem seguir no elenco.

Em conversa com o iG Gente, o artista opinou sobre as faltas de mudanças do remake em relação à versão original e ainda entregou bastidores da gravação com uma sucuri. 

Cauê entende as poucas mudanças que o autor fez no enredo. "Ele está fazendo as mudanças necessárias para obra", aponta o ator, que defende a decisão de Luperi ter mantido a morte de Roberto. Cauê explica que o acontecido trouxe uma profundidade para outros personagens, como Tenório, que sofreu muito pela partida do filho.

"A minha morte se mantém e traz mudanças na trama que agregam muito a outros personagens. Tenório contratou o Solano para matar os filhos do José Leôncio e quem acaba morrendo é o filho dele", afirma. 

No entanto, o carioca assume que até gostaria de voltar para novela, mas de uma forma diferente: "Se tivesse que alterar alguma coisa, era só para me dar um presentinho extra. Eu ia pedir para ele [Luperi] fazer o Roberto voltar como fantasma".

Cena da morte de Roberto

A morte do personagem de Cauê foi bem comentada na internet, não só devido ao carinho dos fãs por Roberto, mas também pela cena que teve várias etapas e desafios. O ator teve que contracenar com uma sucuri (Velho do Rio), que, na novela, assustou Solano, antes dele matar o garoto.

"A gente gravou com a Bonita que era uma sucuri que pesava 40 Kg. Foi o meu primeiro contato com ela. O cuidador dela me explicou cada passo, me explicou como segurar ela. Eu até perguntei: 'E se ela quiser enrolar em mim aqui e me levar?'. Ele disse que eu poderia ficar tranquilo, porque ela é super doméstica. É uma parada muito mágica você poder ter essa conexão com os animais", relembra.

Porém, o artista afirma que, mesmo com as instruções e a equipe de bombeiros presente, ele sentiu medo da cobra: "É que tem aquele ditado, né, que a gente não cria cobra dentro de casa. A gente sente um pouco de medo, mas, ao mesmo tempo, temos uma confiança no pessoal que está com a gente". 

Além da sucuri, a cena contou com gravações no rio e sequências longas, segundo o ator. "Foi muito legal poder fazer essa cena, a gente fez após o almoço e levamos até a última luz. A equipe toda se mobilizou com barcos, a câmera na mão, câmera subaquática. A gente tinha equipe de bombeiro do lado em uma cena que só tinha eu e Rafa Seig [que interpreta Solano], mas em um rio que tinha 21 metros", detalha. 

O momento também contou com o personagem do Velho do Rio, feito por Osmar Prado. Cauê, então, destaca que se sentiu emocionado em contracenar com o veterano da emissora. "Foi uma honra, só pensava: 'Ó, você está do lado do Osmar, você está fazendo uma cena com ele'. Infelizmente, eu não falei nada na cena onde eu estava me despedindo. Mas, sem poder falar nada para ele, de olho fechado, foi uma das cenas mais incríveis que eu pude participar". 

O ator tem 12 anos de carreira e já fez diversos papéis na Rede Globo, como o Cícero Capim, do "DPA- Detetives do Prédio Azul", da Gloob, mas afirmou que, por ser a estreia dele como um personagem "adulto", se sentiu privilegiado em poder contracenar com atores experientes. Além de Osmar, Cauê teve várias cenas com Murilo Benício e Aline Borges, pais dele na novela.

"São grandes atores. A sequência da Aline depois que ela sabe da minha morte é muito boa. Ela é uma atriz de uma potência incrível. E aquela cena em que eu [o personagem Roberto] briguei com o Tenório [interpretado por Murilo Benício] também é uma das minhas cenas favoritas", disse o ator, que também já interpretou crianças em novelas conhecidas, como "Avenida Brasil" e "Lado a Lado'.

'Pantanal' foi a virada de chave na carreira do ator

Cauê afirma que o papel de Roberto em "Pantanal" foi um grande presente por dois motivos. O primeiro é a mudança que o personagem causou para quem o enxergava apenas como ator infantil. 

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"De uns tempos para cá, eu sempre vinha pedindo para o escritório que cuida das minhas questões de trabalho que a gente focasse em trabalhos mais adultos, que me mostrassem mais como outra pessoa. Por muito tempo eu estava sendo sempre direcionado para um determinado público [infantil], isso me rendeu frutos bons, sabe, mas eu tinha medo disso me limitar", explica ele.

Em seguida, Cauê conta que a novela também tem um grande significado para a família dele. "A minha família assistia Pantanal [em 1990] e eu não era nascido. Minha mãe conta que era a novela que o meu avô parava para assistir. Meu avô é um cara que veio do Nordeste para o Sudeste em busca de oportunidade e é muito ligado a questões de agropecuária. Então, quando ele assistia 'Pantanal', ele chorava quando via os bois". 

Deste modo, o carioca afirma que quando soube que passou no teste para um dos filhos do Tenório não se importava se iria morrer ou não. "Me falaram: 'Não sei qual [filho] você é, mas tem um que morre. Pensei: 'Não tem problema, eu posso ser o que morre no primeiro dia, mas eu quero fazer essa parada", relembra.

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