No elenco do "Domingão com Huck" desde o último dia 28, Lívia Andrade diz que sua chegada ao programa "foi muito melhor do que esperava":
— Fui muito bem recebida. A equipe é toda sensacional, sem falar na generosidade do Luciano. Depois de quase dois anos fora da TV, senti uma mistura de ansiedade e euforia, mas ao mesmo tempo abraçada e em casa. Apesar de ser tudo novo ali para mim, aquele ambiente é familiar, com as luzes, as câmeras e o auditório. Estou chegando no sapatinho e, aos poucos, vou encontrar meu lugar. Quero somar, fazer parte dessa família. Aos pouquinhos vou me revelando, me sentindo mais em casa. Prefiro chegar mais tímida do que tentar mostrar tudo logo no começo.
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Ela explica como surgiu o convite:
— Eu estava nos Estados Unidos quando o Luciano me ligou. Ele foi superdireto e objetivo. Eu estava envolvida em outro projeto, finalizando. Confesso que não demorei para pensar, não. Eu resolvi estacionar meu projeto, porque este, sim, pode esperar, mas o "Domingão", não. Domingo para mim é muito simbólico. Graças ao espaço no domingo é que consegui tantas outras oportunidades. Então, esse público é muito especial para mim.
Lívia ganhou muito destaque na TV no "Programa Silvio Santos", no SBT. Depois, passou a apresentar também o diário "Fofocalizando", que, em 2020, virou "Triturando". Por conta das constantes mudanças na atração, ela preferiu deixar a emissora:
— Lá no SBT eu não tinha mais para onde crescer. Estava no domingo e apresentava um programa diário ao vivo. Ainda aparecia nas reprises das novelas infantis "Carrossel" e "Chiquititas". Tudo estava dando um resultado muito positivo de audiência. Eu estava muito bem nessa fase, mas eu não fiquei feliz com as mudanças feitas diariamente, inclusive durante o programa. Às vezes o Silvio ligava, mudava o nome do programa, a pauta, o conteúdo e o horário. Eu chegava lá e não sabia o que ia acontecer. Eu sou uma pessoa ansiosa. Aquilo me gerou mais uma ansiedade no meio daquela coisa louca da pandemia. Estava me fazendo mal. O Silvio me perguntou se eu estava feliz fazendo aquilo.
Eu disse que não. Eu estava ali para ler as notícias, comentar as notícias dos jornalistas, as pautas que eles traziam. Tomava meu cafezinho e me divertia à tarde como as pessoas de casa. De repente, estava dando notícia de morte e entrando com plantão. Não fazia mais sentido para mim. Mas a resposta que dei primeiramente para o Silvio foi: "Sou funcionária, sou paga para isso, é minha obrigação, vou fazer meu trabalho". Na segunda vez que ele perguntou, eu disse que não estava feliz. Ele respondeu: "Você não é obrigada a fazer". E eu falei:"Então, quero parar".
Aí eu parei. Não dava mais. O programa dele não gravava (devido à pandemia) e eu não estava mais todos os dias no ar. Ganhava um salário muito alto para não fazer nada naquele momento. Eu comuniquei à direção que queria sair, que estava vendo outras coisas. Me pediram calma e paciência, pois tudo voltaria ao normal. O tempo foi passando, e o negócio não voltou a ser como era antes. E que bom que não voltou. Eu sou muito grata por tudo o que fizeram por mim, por todas as oportunidades que recebi, pelo respeito. Tive um professor incrível, que foi o Silvio Santos. Isso é um privilégio.
Lívia, que ganhou fama nos anos 1990 como dançarina do programa de Sergio Mallandro, foi frequentemente taxada de "símbolo sexual". Ela comenta:
— Isso me incomodava, mas não me paralisava. Passei por situações muito difíceis, até porque era bem nova quando comecei (aos 13 ela já fazia campanhas publicitárias). Eu não posso controlar as pessoas, mas posso controlar minhas atitudes. Usei muitas vezes esses ataques, esses julgamentos e esses rótulos como combustível para me dar força para seguir em frente e provar que estavam todos errados. Precisei adotar uma postura bem firme nos bastidores. Eu nunca deixei uma ação desrespeitosa sem uma reação à altura. Até hoje, depois de tudo o que fiz, ainda vão tentar diminuir minhas conquistas e minha competência. Isso não vai mudar.
Lívia cresceu aos olhos do público e teve suas transformações físicas acompanhadas de perto (veja galeria de fotos abaixo). A apresentadora, de 39 anos, afirma que nunca fez uma intervenção mais invasiva além do implante de silicone, mas não descarta:
— Como amadurecer naturalmente sem intervenções cirúrgicas, sem mudar a estrutura natural do rosto e do corpo? Essa sempre foi uma preocupação para mim. Acho que eu curti cada momento e respeitei cada fase do meu corpo. Gosto de aproveitar a tecnologia de aparelhos faciais e corporais. Sempre usei e abusei dessas máquinas. Tenho silicone desde os 18 anos, sempre quis ser uma mulher de peito (risos). E o que eu puder fazer para evitar ao máximo as intervenções eu vou fazer. Porque acho que, quanto mais natural, melhor. Não sei, tenho medo. Há dois anos conheci os estimuladores de colágeno. São coisas aplicadas com injeção, porém, não preenchem e não alteram a estrutura do corpo. Depois de um, dois ou três meses você vê o resultado. Achei incrível. A pele fica mais firme, mais esticadinha. E eu não tenho harmonização nem demonização facial (risos).
Tenho um pouco de medo de me olhar no espelho e não me reconhecer. Não fiz sobrancelha, porque pode ser que não goste e não dê para tirar. Tentei colocar cílios umas três vezes, mas arranquei com a pinça. O que é natural já está na sua cara, você já se acostumou a ver. Mas com o que é colocado não me dou muito bem. É claro que, se precisar e não tiver mais jeito, vou fazer uma plástica, uma intervenção cirúrgica.
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