Em ano eleitoral, o festival de dois finais de semana reuniu inúmeros posicionamentos políticos das estrelas da festa
No palco Sunset, a cantora Ludmilla usou a camiseta da seleção brasileira, que nos últimos anos se tornou um símbolo da direita. A cantora, porém, pediu ao público para fazer o "L" com as mãos, movimento constantemente usado pelos apoiadores do candidato Lula.
Mesmo cobrada, Ivete Sangalo nunca deixou claro o posicionamento político. No Rock In Rio, no entanto, algumas declarações deixaram claro a opinião da cantora. Ivete disse durante o show: "Dia 2 vamos mudar tudo", fazendo referência ao próximo dia 2 de outubro, quando ocorre as eleições e em outro momento, declarou: "Deus é amor, não armas".
A banda Gilsons, formada por familiares de Gilberto Gil, também se posicionou durante a apresentação no festival. Acompanhando os gritos do público contra o atual presidente da república, a banda soltou um solo com o jingle de campanha do ex-presidente Lula.
O cantor Ivan Lins deixou claro em quem, pelo menos, não votará na próxima eleição. Ao cantar "começar de novo", o artista alterou a letra e cantou: "Sem teu fantasma. Sem tua moldura. Sem o teu domínio. Sem tuas escoras. Sem o teu fascismo. Sem tuas escórias", substituindo palavras domínio por facismo.
Ao lado de Ivan Lins, o cantor Xamã também deu o recado. Enquanto versava um rap, o músico pediu voto consciente nas próximas eleições. "Esse ano é voto consciente. Voto consciente para geral".
Antes de começar a cantar "Que País É Esse?", o cantor Dinho Ouro Preto, vocalista da banda Capital Inicial, discursou em defesa da democracia. "Viva a democracia brasileira! Não vai ter golpe!", exaltou.
Badauí, vocalista da banda CPM 22 também deixou o recado no festival. O músico pediu menos ódio nas redes sociais e se posicionou contra o armamento. "Festival da cultura, que valoriza arte. País que tem cultura e valoriza a cultura não precisa de arma, porque arma mata as pessoas. Saúde!"
A banda Living Colour dedicou a apresentação a vereadora Marielle Franco, do PSOL do Rio de Janeiro, que foi assassinada com o motorista Anderson Gomes, em 2018. "Este é dedicado a Marielle Franco", disse o vocalista Corey Glover.
A banda de death metal francesa Gojira aproveitou o show para propor uma conscientização sobre a preservação da floresta amazônica. No final da apresentação, a banda contou com a presença de chefes indígenas brasileiros.
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