Fernando Fernandes esteve na área VIP do Rock in Rio neste sábado, 10, e defendeu Pequena Lô da polêmica com Ellen Jabour. O apresentador do “No limite” afirmou que os cadeirantes precisam “conquistar o respeito na marra” e elogiou a postura de Lô em brigar pelo seu espaço.
“Às vezes, a gente tem que conquistar o respeito na marra. É por isso que eu faço tantas coisas intensas, que grande parte da sociedade não faz com as duas pernas funcionando. A gente tem que usar a nossa ferramenta para quebrar essas barreiras, de mostrar que somos capazes, que eu faço o que muita gente não faz", disse.
"Vai acontecer esse preconceito, sim, e a gente tem que aprender a lidar, como a Pequena Lô fez, de falar: ‘pô, dá licença que o lugar é meu, que o espaço é meu, dá licença da minha frente, que esse espaço é meu e vou passar’. Às vezes, tem que ser na marra, do jeito que tem que ser”, disse.
“E o que os outros pensam é problema deles. Eu sei da minha capacidade. Está na hora da gente começar a respeitar a diversidade. É o que está acontecendo nesse evento. A Pequena Lô chegou aonde ela tinha que chegar, e a gente está vivendo essa questão da acessibilidade como nunca viveu e a gente tem que lutar cada vez mais”, finalizou.
Ex-BBB, Fernando ficou paraplégico após sofrer um acidente de carro em 2009.
Entenda a polêmica:
Para quem não entendeu, a Pequena Lô, que é cadeirante e anda em sua motinho, teria pedido para estacionar na grade da área VIP, para que pudesse ver melhor os shows, com acessibilidade. Ela conta que Ellen Jabour não gostou e foi antipática.
"O olhar dela a gente percebe que foi capacitista. Eu não estava sozinha nessa. Tinham várias pessoas ao meu redor. A galera viu o quanto ela foi grossa e eu não postei pra biscoitar, ter dó, não foi mimimi. Foi pra mostrar que cada dia que passa ninguém é melhor que ninguém. O mínimo é o respeito em todos os lugares", disse Lô.
"Ela não [pediu desculpas até agora]. Até, então, não conversamos. Eu nem discuti ontem porque eu fiquei muito estressada. Se eu falasse, ia render muita coisa, a gente ia discutir e o show ia perder a graça. Por isso, eu postei para falar sobre isso".
Após ter seu nome divulgado como a famosa que maltratou a influenciadora Pequena Lô na área vip do Rock in Rio, Ellen Jabour decidiu se manifestar no Instagram.
"Segue a minha resposta para a imprensa sobre a acusação de maus-tratos que estão fazendo sobre mim: Sou de paz, sempre respeitei todos a minha volta sem distinções, tinha espaço suficiente pra todo mundo ali e eu estava 100% interessada em assistir ao show em harmonia com todos, como sempre faço. Acho que o que ocorreu ali foi um grande equívoco, talvez até devido a música alta, acho que fui mal interpretada. No meio de um show, me perguntaram se ela podia estacionar a motinho ali aonde eu estava com o meu grupo. Eu achei que ela não tinha visto que eu estava junto com o grupo do meu lado direito e falei: ‘Claro, com certeza! Mas você se importa de estacionar ela aqui do meu lado esquerdo? É que eu estou junto com esse grupinho aqui..”, começou a contar Ellen.
A modelo continuou narrando seu ponto de vista sobre a encrenca. "Mas a pessoa disse que seria melhor ela entrar ali mesmo. Eu não entendi bem o por quê, até achei que a moça não tinha ouvido direito por conta do som alto, mas não discuti e abrimos espaço aonde ela queria. E foi apenas isso. Não aconteceu absolutamente mais nada”, garante.
Ellen decidiu falar mais. "Me sinto profundamente magoada de ter sido acusada de coisas que estariam longe dos meus pensamentos de fazer propositalmente. E lamento muito que a Pequena Lô tenha se sentido assim. Estou há mais de 20 anos na mídia e todo mundo sabe que eu não sou de arrumar confusão e que, inclusive, sempre que posso participo de campanhas que ajudam a trazer educação, respeito e conscientização para temas importantes da nossa sociedade. Uma dessas campanhas, por exemplo, foi sobre como tratar pessoas com nanismo com a minha amiga Rebeca Costa".
"Sou madrinha e apoiadora de 2 ONGs (ampara animal e sociedade vegetariana brasileira). Além disso, toda terça-feira participo de um trabalho voluntário que atende pessoas carentes com todo tipo de problema de saúde numa comunidade aqui no Rio. Já estou lá há quase 10 anos. Não fico falando muito disso, pois são coisas muito pessoais mas só estou dizendo agora para mostrar que busco fazer sempre o bem e ajudar as pessoas”.