A cantora se apresenta no Rock in Rio Lisboa neste domingo (26)
Reprodução/Instagram
A cantora se apresenta no Rock in Rio Lisboa neste domingo (26)

Grande atração do Rock in Rio Lisboa neste domingo, 26, a cantora Anitta revelou que lançará um "produtinho" para regiões íntimas depois de vir à tona uma polêmica relacionada a uma tatuagem que ela fez no ânus. Em maio deste ano, durante um show na cidade de Sorriso, no Mato Grosso, o sertanejo Zé Neto criticou a tatuagem ousada da artista e a utilização da Lei Rouanet. A fala, que foi filmada e reproduzida nas redes sociais, abriu uma crise no mercado de shows, já que surgiram questionamentos a respeito das verbas públicas - e sem licitação - destinadas a apresentações de cantores sertanejos. Artistas como Gusttavo Lima passaram a perder cachês milionários em cidades pequenas e viraram alvo do Ministério Público.

— Olha, eu fiquei passada (com essa polêmica). Detesto esse negócio de briga entre ritmos e artistas. Acho que a música tem que unir as pessoas — diz a cantora. — Aproveitei isso para fazer dinheiro. Vou lançar um produtinho. Vou usar isso para ganhar um "mais mais". O povo se aproveitou (de mim), e aí agora também vou aproveitar. Nessa hora (em que eu lançar o produto), vou falar mais da minha tatuagem.

A funkeira vê com bons olhos o fato de artistas brasileiros estarem usando o palco para se manifestarem politicamente, em ano de eleições presidenciais.

— Minha vontade é que as pessoas entendam que é importante a gente saber de política para comandar o nosso país. Agora o clima no nosso país é tudo briga, briga, briga. E acho que isso tem muito a ver com quem está comandando a gente — afirmou Anitta, criticando o presidente Jair Bolsonaro. - Se tem uma pessoa que comanda a gente e só briga e é só autoritário e só fala preconceito, isso estimula as pessoas a serem assim. As eleições estão aí, e espero que venha alguém que traga um clima de "vamos nos aceitar" e que pense diferente.

A cantora também reclamou da maneira com que o governo tem tratado a Amazônia, onde o jornalista Dom Phillips e o indigenista Bruno Araujo foram mortos enquanto trabalhavam na região

— É sempre importante lembrar que a Amazônia é uma grande terra de ninguém, uma grande bagunça. Lá acontece de tudo. Ninguém vê nada. Realmente quem se expõe pra falar acaba morto e com a família torturada — diz a cantora. — E se vierem me matar vai ter que aguentar a assombração depois que eu vou virar, porque esse é o grande tesouro do nosso país e as pessoas tratam como um grande nada. É inaceitável que esse lugar seja perigoso de ir visitar.

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