Viegas participou do
Reprodução/Instagram - 19.05.2022
Viegas participou do "BBB" e "No Limite"


Vice-campeão do “No limite”, o cantor e compositor Viegas mostrou todo o seu controle e sua garra na edição do programa com ex-BBBs. Depois da experiência marcante, o paulista, de 37 anos, se jogou de cabeça nas reflexões para o seu último álbum “Conexão”. Na última terça-feira, o músico promoveu um encontro intimista só para convidados para celebrar o novo trabalho.

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— Esse álbum é a materialização de todos os sentimentos que tenho vivido nesse momento. “Conexão” veio dessa necessidade de precisar realmente me encontrar, me ouvir, me sentir mais. Na música, na arte em geral, a gente passa por vários momentos em que a gente acaba olhando pras tendências, vendo o que está acontecendo, o que as pessoas estão gostando, ouvindo e a gente se questiona se precisa fazer isso para e conectar com as pessoas. Foi um momento em que eu abri mão de tudo para fazer o que estava sentindo — diz ele.


Com mais de 15 anos na música, o artista lançou dois EPs e seu primeiro disco em 2015, intitulado “Alquimia Sonora”. Viegas conta que quem o acompanha desde o começo vai se surpreender com a leveza de seu novo trabalho.

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— Sempre fui um cara mais questionador. Vivemos um momento em que está tudo tão polarizado e não vim para ser omisso. Mas gosto de me posicionar quando sinto que há necessidade. Desta vez, o Viegas do “Conexão” não veio para ter razão de nada, mas para ter paz — afirma ele, que fala também das inspirações para as músicas de amor do trabalho: — No momento em que estava compondo bastante, estava bem apaixonado. Infelizmente acabou, mas pelo menos rendeu bastante música!

Desde 2018 conhecido pelo grande público pela participação no “BBB 18” (onde conheceu Elana, que também esteve com ele em “No limite” e com quem ele viveu um affair), o cantor lembra as experiências pelas quais passou para seguir com seu sonho na música. Viegas até fez um documentário, “Viver é Acreditar”, disponível no YouTube, em que mostra sua batalha diária tentando vender CDs nas ruas de São Paulo com outros dois amigos.

— Nunca foi fácil, não venho numa família de artistas. Tive qua aprender tudo do zero. Trabalho todos os dias, mas graças a Deus a visibilidade maior que os realities me deram foi cada vez mais se solidificando. Sou muito grato por isso — reflete Viegas, que se considera um vencedor apesar do segundo lugar no programa: — Eu poderia até ficar em último lugar, mas a partir do momento em que você pensa que é um vencedor, nada te abala. Tenho a consciência de que fiz o meu melhor e é isso o que importa.

Conhecido também pelos dreads, o cantor de vez em quando posta nas redes sociais vídeos lavando o cabelo. Ele explica o porquê:

— Enquanto existirem pessoas me perguntando se posso lavar o cabelo, vou continuar postando. Infelizmente, estamos na era da informação mas muita gente ainda não sabe de coisas simples e básicas. Mas também quantos comerciais de xampu você já viu na sua vida e quantas vezes tinha algum cara ou mina de dread no comercial? — questiona ele.

Engajado sobre assuntos de negritude e representatividade, o ex-BBB, porém, diz que o processo de aceitação ainda continua em sua vida. Ele conta que, no geral, não se acha bonito.

— Às vezes, as pessoas falam comigo como se hoje eu entendesse que sou bonito. As pessoas afirmam esse tipo de coisa, mas isso não quer dizer que eu me vejo dessa forma. Aprendi, de certa forma, a enxergar o meu valor, a perceber que as pessoas são diferentes e que cada um tem as suas qualidades e tudo mais. Mas para mim ainda é muito dificil falar que sou um cara bonito. Isso para mim não sai de forma natural — confessa ele, que espera que as próximas gerações de meninos negros vejam essa questão de forma diferente: — Quero que os meninos que vieram de onde eu vim, com as características que eu tenho, vivam um outro momento em que eles possam bater no peito e acharem que são bonitos. Isso sem todo esse peso, essa carga de parecer prepotente. Simplesmente por entender que eles são.

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