Durante a pandemia de Covid-19, Tatá Werneck enfrentou distanciamento social e a perda do Paulo Gustavo com fé. "Como tenho fé, procurei renovar minha prática espiritual", disse em entrevista para o colunista Leo Dias, no Metrópoles.
"Há situações em que não existe outro caminho senão a coragem. Dá coragem ver pessoas como Dona Déa. Ao mesmo tempo difícil entender como ela pode ser tão forte", contou. Ela comentou que ficou muito deprimida durante a pandemia e renovou a prática espiritual.
"Rezo o terço todos os dias, fico comprando livros do Chico Xavier. Vendo cultos. Eu passei a ficar buscando algo que me desse paz e a certeza de que Paulo tá bem", contou.
Ela conta que está buscando respostas para as angústias. "Mas isso não quer dizer que depressão seja falta de fé. É algo bem sério que não pode ser menosprezado. Mas no meu caso, buscar um conforto espiritual me deu forças. Não que esteja bem. Mas certamente estou melhor", disse.
Sobre os aprendizados com a pandemia, ela não sabe dizer o porquê de tudo isso, mas pensa que a humanidade cuidou mal do planeta. "De fato é para ser um aprendizado coletivo e individual. Nenhuma vida é mais importante do que a outra. Não importa quem você seja. Se você acha que é mais importante do que alguém, você é um grande equivocado", disse.
"Eu tinha muitos objetivos antes da pandemia. Hoje eu foco em saúde e na criação da minha filha. Eu amo trabalhar. Eu amo servir as pessoas com o que puder. Eu vejo meu ofício de tentar fazer rir como uma missão. Me alegra ver o sorriso das pessoas", disse.
Ela contou que hoje a fonte de amor e paz dela é a família. "Faço tudo por eles. Mas a pandemia também trouxe muitos outros ensinamentos", disse. Ela também falou sobre valorizar as profissões. "Provaram, mais uma vez, que são fundamentais. Garis, enfermeiros, técnicos de enfermagem, motoristas, cientistas, maqueiros, todos os profissionais de limpeza e da área da saúde. São tantas profissões que mereciam ter a verdadeira notoriedade", disse.