Raquel Pacheco, eterna Bruna Surfistinha
Reprodução Instagram Roberto Moreyra/ Agência O Globo
Raquel Pacheco, eterna Bruna Surfistinha


Raquel Pacheco, também conhecida como Bruna Surfistinha , está na reta final da gravidez das gêmeas Elis e Maria - frutos do relacionamento com o ator Xico Santos . Mas as filhas não são a única gestação da escritora. Prestes a lançar uma autobiografia, ela fala que é chegada a hora das pessoas conhecerem sua história por completo, não somente o passado como garota de programa - que ainda rende julgamentos e preconceitos na vida da escritora . Inclusive,  ela e as filhas foram alvos de ataques porque Raquel manifestou sua opinião política.

Eu sempre recebi essas mensagens , mas sempre fiz o possível para que não me abalasse. Quando explodiram os ataques falando justamente desse meu lado mãe, muitas pessoas falaram das minhas filhas: ‘Elas não merecem uma mãe como você’, ‘elas vão ter vergonha de você’, ‘elas vão fazer a mesma coisa que você fez com seus pais e fugir de casa’. Também teve gente que as chamou de vadias, falando que eu estou colocando mais duas vadias no mundo, que vou abrir franquia de puteiro. Eu fiquei muito abalada e chorei horrores.”

Ela lembra que o companheiro precisou intervir e pedir para ela se afastar das redes sociais, já que não conseguia parar de ler, entrar no perfil das pessoas que enviam mensagem e imaginar as respostas que podia escrever, mas escolheu não. Para preservar a si e às filhas, Raquel disse que aproveitou o período para meditar e focar em coisas positivas, ainda que a maldade do mundo que as filhas vão chegar choque. “O Whindersson e a Maria Lina também sofreram muita maldade, onde muitas pessoas pareciam comemorar que eles perderam um filho.”

Preconceito

Entre os comentários maldosos que recebe, um dos que mais chamam a atenção dela é a pergunta se as meninas sabem quem é o pai. Raquel conta que ela quase fez uma postagem em seu Instagram refletindo sobre o assunto, mas diante dos últimos acontecimentos preferiu guardar para si.

“Isso não significa que uma garota de programa, mesmo as que ainda atuam, não saibam de quem engravidou. Tem muitas mulheres que passam por essa situação. Então é um assunto muito delicado também de falar sem ofender as mulheres que passam por isso e eu acho totalmente desnecessário.”

Raquel aproveita para reiterar a admiração que tem pelas garotas de programa que são mães, lembrando que na sua época trabalhou com algumas profissionais que tinham filhos e que escolheram este caminho como forma de sustento. Ela defende que não é a classe social, poder aquisitivo, profissão ou qualquer outro fator que define se uma mulher é boa mãe ou não.

Saudade do passado

Raquel relata o clima de nostalgia que tem vivido desde que descobriu estar grávida. Ela conta que se pega lembrando da própria infância, o que gostava de comer, os brinquedos que tinha, tudo o que viveu e reflete sobre como este momento de volta ao passado é algo inerente à gestação. Inclusive, seu novo livro intitulado “Raquel Pacheco: A Eterna Bruna Surfistinha” está prestes a ser lançado.

Com a chamada "você conhece o resumo de três anos, chegou a hora de conhecer 36 anos da minha vida sem cortes", a obra começou a ser escrita em 2017, quando viveu um período conturbado em sua vida e decidiu investigar questões mais profundas da própria vida. Segundo ela, o livro é, de certa forma, um encerramento de capítulo para que ela possa iniciar esta nova fase como mãe.

"Não tem como eu matar a Bruna. Eu vou continuar, mas de uma outra maneira. Eu acredito que a minha nova versão mãe vai me trazer outras fases, um outro caminho que eu acredito que eu vou encontrar", salienta.

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Ela também fala que às vezes se pergunta se a mãe dela sabe a respeito da gravidez e até imaginou que a gestação podia render uma reaproximação. A última vez que as duas se falaram foi em 2018.

"Toda sexta-feira eu ia no centro de umbanda, onde eu frequentava, e no caminho até lá eu liguei para ela e foi a última vez. Eu entendi que ela não quer mais ser minha mãe. Ela deixou isso muito claro, simplesmente falou que era para deixar ela em paz, para seguir minha vida e para eu não perder mais o meu tempo com isso. Eu entendi que ela já tomou a decisão final dela, eu não acredito que ela esteja fazendo um joguinho. Eu simplesmente parei de ir atrás até mesmo para respeitar a decisão dela."

Sobre a mãe biológica, Raquel fala que sempre teve vontade de encontrar, mas que também não fez nada para que isso acontecesse - no caso, ir até os hospitais de Sorocaba, interior de São Paulo, e procurar pistas.

Sexo na gravidez

"Eu não deixei de fazer sexo durante a gravidez, até porque isso de machucar o bebê é um mito. O que eu percebi é que a conexão entre o casal aumenta muito, fica muito mais intensa. É um momento que os homens têm que ter um respeito em dobro pelas mulheres e ela também respeitar seus próprios limites. No meu caso é uma montanha-russa de hormônios. Eu passei por uma fase que eu não conseguia nem pensar, eu não sentia vontade nenhuma. E tem dias que a libido está lá em cima, mas é tudo muito limitado, então, de um tempo para cá principalmente, eu não tenho mais posição e não tenho mais fôlego também. A única posição que rola para mim é de lado com travesseiro me dando apoio na barriga", detalha.

Ela também fala que, mesmo com as meninas respeitando o momento dos pais - "É até bonito, elas ficam ali quietinhas" -, Raquel tem sentido dificuldade de chegar ao orgasmo, o que antes não era um problema para ela.

Planos futuros

Um desses caminhos que Raquel sente se aproximar é a vontade de encontrar mais mães, especialmente aquelas que encaram uma maternidade solo. Ela diz que já imagina a própria dificuldade para cuidar de gêmeas, mesmo com um companheiro, mas sem rede de apoio e fica imaginando como é mais difícil para mulheres que não têm nenhum suporte social, emocional e financeiro. Por isso ela pretende investir na parte social. Além disso, Raquel diz que não vê a hora da pandemia passar para voltar com seus cursos voltados especialmente para mulheres.


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