Eva Wilma morreu, aos 87 anos, neste sábado (15) por conta de um câncer no ovário que, disseminado, levou a uma insuficiência respiratória. A atriz estava internada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 15 de abril, inicialmente para tratar problemas cardíacos e renais. O câncer foi descoberto no último dia 7 de maio.
Nas redes sociais, anônimos e famosos
lamentaram a morte da Eva Wilma
, relembrando sua jornada na televisão e sua colaboração em protestos à favor da liberdade de expressão durante a ditadura militar. Confira reações coletadas no Twitter.
Eva Wilma Riefle Buckup Zarattini nasceu em São Paulo, em 1933, filha de um metalúrgico alemão e uma portenha judia. Em setembro do ano passado, a atriz comemorou 70 anos de carreira. No início da década de 1950, após chamar a atenção como bailarina clássica, ela estreou como figurante em filmes italianos e fez dois filmes com o diretor Armando Couto e o ator Procópio Ferreira, "O Homem dos Papagaios" e "A Sogra". Ao longo da carreira, trabalhou com diretores como Walter Hugo Khouri ("A ilha"), Luiz Sérgio Person ("São Paulo S.A") e Roberto Farias ("A cidade ameaçada").
Engajada politicamente, ela militou contra a ditadura militar e participou da histórica Marcha dos Cem Mil em 1968. Na novela "Roda de fogo", fez o papel da ex-militante Maura, torturada durante a ditadura. Após um período ausente, voltou às novelas com "Fina Estampa", de 2011. Também fez aparições no seriado "A grande família" em 2014. Em setembro de 2020, aderiu às lives, apresentando-se dentro de casa com o espetáculo virtual "Eva, a live", transmitido no YouTube e no Instagram.