Bruno Covas, prefeito de São Paulo
Divulgação / Prefeitura
Bruno Covas, prefeito de São Paulo

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), morreu neste domingo (16) vítima de câncer. O tucano lutava contra a doença desde outubro de 2019, quando foi internado para tratar o que os médicos diagnosticaram como erisipela, uma doença infecciosa da pele. Covas deixa o filho Tomás Covas, de 15 anos, fruto do casamento com sua ex-mulher Karen Ichida.

Nas redes sociais, anônimos e famosos estão homenageando e lamentando a morte do peessedebista. "Que Deus o tenha", escreveu um usuário do Twitter. Confira mais reações da rede social. 






O funeral, por sua vez, será realizado a partir das 13h, no hall da Prefeitura de São Paulo, e será reservado para 20 pessoas. O corpo do prefeito será levado do Hospital Sírio Libanês para o Edifício Matarazzo, sede da Prefeitura, onde haverá no hall monumental do terceiro andar uma breve homenagem.

A entrada será absolutamente restrita aos convidados da família, para não gerar em hipótese alguma aglomeração, por conta das restrições sanitárias impostas pela pandemia.

Após a cerimônia, haverá um cortejo fúnebre para Santos. O percurso já foi definido e passará pelo Edifício Matarazzo, Viaduto do Chá, Pça Ramos de Azevedo, R. Conselheiro Crispiniano, Largo Paissandu, Av. S. João, Av. Ipiranga, R. da Consolação, Túnel José Roberto Fanganiello Melhem, Av. Paulista e Praça Oswaldo Cruz. Por fim, será sepultado na cidade de Santos, terra natal do prefeito, em cerimônia também restrita à família.

O histórico de Bruno Covas

Covas foi internado no dia 2 de maio, após ter um sangramento no estômago . Na ocasião, o prefeito precisou passar por intubação oro-traqueal e teve a hemorragia controlada com medidas de hemostasia, procedimento que consiste na diminuição do fluxo sanguíneo e início do processo de coagulação.

De acordo com boletim médico divulgado pela equipe que cuidava do prefeito de São Paulo no dia 3 de maio, o sangramento foi encontrado por endoscopia. O foco foi o mesmo onde Covas teve seu primeiro tumor. Um dia antes, nota da Prefeitura informou que  Covas tiraria licença de 30 dias "diante da necessidade de dedicação exclusiva ao tratamento médico" contra o câncer.

"Com o surgimento de novos focos, o Prefeito de São Paulo precisará de dedicação integral ao tratamento e entende que não será compatível com as suas responsabilidades e compromisso com a cidade e os paulistanos", disse o comunicado.

Cerca de quinze dias antes, o prefeito já tinha passado por outra internação depois da realização de exames de controle. Os diagnósticos mostraram novos focos de tumor nos ossos da coluna vertebral e do fígado. Durante a internação, ele apresentou uma piora no quadro de saúde e foi diagnosticado com líquido no abdômen e nas pleuras , tecidos que revestem os pulmões.

No tratamento, os médicos colocaram drenos no prefeito para a retirada do líquido e Covas ainda recebeu suplementação alimentar venosa durante à noite. Após melhora, ele recebeu alta em 27 de abril. No boletim médico, os profissionais que cuidavam do prefeito disseram à época que o "quadro evoluiu com sucesso, com redução do líquido e melhora clínica", o que permitiu que ele retomasse atividades pessoais e profissionais.

Primeiro diagnóstico 

Covas foi internado pela primeira vez em outubro de 2019, quando chegou ao hospital com erisipela, que acabou evoluindo para uma trombose venosa profunda na perna direita. Os coágulos subiram para o pulmão, causando o que é chamado de embolia. Durante os exames para localizar os coágulos, médicos detectaram o câncer na cárdia, região entre o esôfago e o estômago, com metástase no fígado e nos linfonodos.

Covas passou por oito sessões de quimioterapia que fizeram com que o tumor regredisse. Mas, segundo a equipe médica, elas não foram suficientes para vencer o câncer. Após novos exames, o prefeito iniciou o tratamento com imunoterapia.

Em janeiro de 2021, após ser reeleito nas eleições municipais e continuar no cargo, Covas anunciou uma nova fase de procedimentos no combate à doença. Ele tirou uma licença de 10 dias, quando passou a ser submetido a sessões de radioterapia. Na época, estavam previstas 24 sessões de radioterapia complementares para o tratamento.

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