Romana Novais deu à luz a filha Raika na última semana
. A esposa de Alok teve um parto prematuro pouco tempo depois de ela e do marido testarem positivo para Covid-19
. No Stories, a mãe de Raika e Ravi contou que estava grávida de 32 semanas e no começo achou que não estava com a doença causada pelo novo coronavírus.
"Tudo aconteceu desde semana passada, eu tomei uma vacina, a tríplice bacteriana. Eu tomei e tive um pouco de reação, de dor no corpo. Eu pensei que fosse pela vacina em si, não por outra coisa que estivesse acontecendo. Até que a dor no corpo ficou mais intensa e começou a me incomodar muito. Eu fiz o teste de Covid", Romana conta. Quando o teste de Alok deu positivo, o casal se isolou e mandou o filho Ravi ficar com os avós.
Durante o isolamento, os sintomas que a médica estava sentindo se agravaram. "As dores pioraram, comecei a sentir muita dor no corpo. Uma dor que não dá para explicar, parecia que todos os meus ossos estavam sendo quebrados. Uma sensação obscura, você fica com muito medo. Eu fiquei com muito medo da doença, até então eu achava que o Covid não traria muitos sintomas para gestantes, mas eu me enganei", relembra.
Romana disse que começou a ter febres também e, na última quarta-feira (2), sentiu que precisava ir ao hospital. Ela sentia contrações e se foi encontrar com os obstetras na clínica para fazer exames. "Aparentemente, no ultrassom da Raika estava tudo perfeito, nenhuma alteração. Quando eu me levantei para fazer outro exame eu comecei a sangrar muito. Foi assustador para mim", recorda.
Ela disse que estava tendo uma gravidez saudável até então, mas naquele momento precisou correr para o hospital. "Tudo que eu pensava era que eu precisava salvar minha filha de qualquer forma. Eu gritava muito e só pensava na Raika, queria resolver tudo logo. Quando chegou no hospital eu estava com muito medo. Tudo aconteceu muito rápido, a Raika nasceu muito rápido. Eu não estava esperando que fosse ser tão rápido, eu nem esperava que eu fosse conseguir fazer um parto natural. Eu sentia muita dor, mas a Raika precisava sair, ela não estava em um ambiente confortável", conta.
Romana explicou que ela teve um caso raro na obstetrícia, que é chamado de CIVD, quando há muito sangramento na placenta. "O quadro se estendeu por todo o meu corpo e eu estava correndo risco de vida. É uma situação muito complicada e graças a Deus eu estou viva, estou bem. Eu fiquei na UTI logo em seguida e a Raika também. A gente se separou, eu não tive opção, não pude pegar ela no colo, não pude amamentar e tudo isso por conta do Covid", fala.
A médica teve alta do hospital no último domingo (6), mas a pequena Raika segue internada na UTI porque nasceu prematura. A esposa de Alok contou que a filha está se recuperando bem e disse que está sendo muito difícil ter que passar todos esses dias longe da menina, já que ela não pode nem visitar a bebê no hospital.