Túlio Gadêlha (PDT-PE), também conhecido como namorado de Fátima Bernardes, foi orietadado por Marília Arraes (PT), candidata à Prefeitura de Recife, a embolsar parte dos salários de seus assessores. O deputado, no entanto, se negou a participar do esquema. A prática de coletar salários dos funcionários de gabinete é conhecida como rachadinha.
De acordo com áudios divulgados pela revista Veja, quando cogitou se lançar candidato à Prefeitura de Recife, o namorado de Fátima Bernardes ouviu de Arraes que teria de juntar R$ 30 mil para ajudar na campanha e uma das maneiras era pegar parte dos salários dos servidores de seu gabinete.
"Eu disse: 'Tô vendo se junto um dinheirinho, tenho que pagar algumas coisas da campanha'", teria afirmado o deputado, segundo o aúdio. Depois, Gadêlha declara que Arraes teria dito que a "rachadinha" é comum na política.
"Aí eu disse: 'Não, não faço isso não porque o que cada um recebe... Eu nunca vou fazer isso aí'", teria respondido Túlio. O deputado e Marília são amigos há bastante tempo. Recentemente ele declarou que apoia Arraes no segundo turno das eleições municipais, oque gerou críticas.
Para quem não sabe, a prática de rachadinha é a mesma que fez com que o Ministério Público do Rio denunciasse o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa em novembro.