A atriz Giovanna Antonelli estava gravando cenas da novela “Da cor do pecado” quando conheceu Cris Andrade, que era catadora Lixão de Gericinó, em Bangu, no Rio de Janeiro. A global ficou encantada com beleza e o porte de modelo que Cris tinha aos 22 anos e, graças a ela, a catadora de lixo teve uma oportunidade como modelo em São Paulo. Após 16 anos, ela saiu da extrema pobreza, virou empresária e é grata pelo empurrãozinho dado pela artista.
“Não tenho mais contato com ela, mas nunca vou esquecê-la. Vou batizar minha primeira neta, que nasce em janeiro, com o nome de Giovanna”, contou Cris, que está com 39 anos, em entrevista ao jornal Extra. “Quero mostrar para Giovanna que, graças ao empurrão que ela me deu, a vida me deu muitas oportunidades. Ela mudou minha vida completamente. Ela não tem noção de quanto me ajudou.”
O caminho como modelo não seguiu a diante, mas Cris aproveitou a oportunidade e, hoje, é dona de um bufê com diversos funcionários. “O mundo da moda sem ter alguém que invista em você é complicado. Eu já tinha 22 anos na época, e ficava esperando para ser chamada para trabalhos. Mas não sou uma pessoa frustrada por isso”, falou a empresária que já é mãe de dois filhos, um de 12 e outro de 19 anos.
Ela morou por 13 anos em São Paulo e, como não conseguiu trabalhos como modelo, Cris usou seus novos contados na cidade para conseguir um trabalho como garçonete em um restaurante de luxo. Com esse emprego, ela aprendeu muito e isso a motivou a abrir seu próprio negócio. “Não voltei fracassada para Bangu. Quando Giovanna me descobriu no lixão, eu morava num barraco de dois metros quadrados. Hoje tenho moto, kombi e minha casa, tudo no meu nome. Não estou milionária, mas estou estável.”