No ar como Tereza em “Órfãos da Terra”, Leona Cavalli lançou recentemente o livro “Belabelinha”, que conta a história de uma boneca que deseja ser gente. A personagem, que tem o nome do título da obra, foi criada pela própria atriz para fazer um exercício e se aprimorar no humor, mas acabou indo além e acompanhou Leona em eventos, conversas com crianças e até visitas em hospitais infantis.
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Apesar da personagem acompanhar a vida de Leona Cavalli há oito anos, foi só recentemente que a editora Quase Oito se interessou e a convidou para escrever um livro infantil a respeito da boneca, coisa que nunca tinha passado pela cabeça da atriz.
“A ideia inicial era para ser um exercício de palhaço, de comédia e para isso eu tinha uma personagem”, contou ela em entrevista ao iG Gente . A atriz se considerava muito mais dramática, principalmente no teatro e no cinema, onde ela queria desenvolver mais seu lado comédia. “Com a palhaça eu trabalho muito com o improviso e tem sido muito bom para trabalhar a comédia”, explicou.
Mas além de um exercício para se aprimorar na comédia, Belabelinha ajuda e muito Leona em exercício que vai além, um exercício para a alma. Há algum tempo a atriz faz trabalhos voluntários com crianças, o que considera fundamental. “A gente faz auxilio para ONGs carentes, artistas de circo, ecologia e para mim é essencial, é um exercício de humanidade, cidadania, que faz parte da minha formação e só me alimenta”, disse. “Oportunidade de ajudar as pessoas, mas eu ajudo a mim mesma”.
Belabelinha à parte, Leona vem brilhando na pele de Tereza em “ Órfãos da Terra ”. Sua personagem é uma ex-cantora de sucesso que abandonou a carreira para se casar com Noberto (Guilherme Fontes), mas acabou sofrendo as consequências.
Para ela, falar sobre pessoas refugiadas, tema principal da trama, é algo importantíssimo levando em consideração a situação que vivemos hoje. “É uma das questões mais importantes do mundo hoje em dia”, acredita ela. ”No Brasil é muito mais tocante, porque temos muitos imigrantes”, completou.
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Cavalli, que coleciona grandes novelas em seu currículo, é um pouco diferente de Tereza, mas vem notando que muitas mulheres também deixam seus sonhos de lado por conta de um casamento. “Isso é muito comum, eu recebo muitas mensagens”.
Apesar da atriz ser certeira ao dizer que não largaria um sonho por um casamento, assim como sua personagem, ela também tem suas semelhanças com Tereza. “Elas têm amor pela paixão, pela arte”, comentou. Aliás, ao contrário disso, Leona deixou um casamento para seguir sua carreira artística. E não se arrepende.
Vida além da TV
Apesar de mais de 30 trabalhos da TV, a arte de Leona vai muito além das telinhas. Atualmente, ela está em cartaz com a peça “Gatão de Meia Idade”. Além disso, ela dirige a peça “Pandora”, que desde o ano passado está em cartaz.
“Eu amo o teatro, quero estar sempre no teatro, ele tem essa força do ao vivo, mas também amo a televisão, acho que a televisão chega no mundo inteiro como o teatro e o cinema não chegam”, explicou.
O cinema também está na lista de trabalhos de Leona. Ao todo são 18 filmes, mas o número só cresce: “A Cerca”, que se passa no Sul, será rodado depois de”Órfãos da Terra”. Já “Águas Selvagens”, será lançado apenas ano que vem. “Sinceramente cada um tem a sua beleza, a paixão e também os desafios. “Adoro cinema, porque o cinema tem uma preparação, um olhar, um tipo de beleza que só o cinema registra”, avalia.
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A grande paixão da vida de Leona Cavalli realmente é a comunicação, a TV, o teatro, o cinema, a rádio, ou seja, ela gosta dessa relação com o público. Tanto é que nas suas fases mais tranquilas – sim, elas existem – a atriz continua lendo, indo ao teatro, no cinema. “Minha vida é isso. Isso que eu amo, isso é uma fonte de alegria para mim”.