O segundo paredão do “BBB 18” – primeiro triplo e sem a ação do poder do veto – constitui um inusitado paredão nortista, já que Mahmoud
, Jaqueline
– ambos de Rondônia – e Gleici
– do Acre – estrelam um paredão que mexeu com os brios dos integrantes da casa e deve provocar ainda mais reações após sua conclusão.
Foto: Reprodução/Globo
Gleici, Jaqueline e Mahmoud estão no segundo paredão do 'BBB 18'
Inequivocamente a melhor novela no ar no Brasil atualmente, o “BBB 18”
já tem seus primeiros polos de rivalidade. Jaqueline e Ana Clara em torno de Breno configura a mais elétrica e carnal delas, mas a maneira como um grupo ainda pouco organizado formado por Viegas, Diego, Caruso, Vagner, Patrícia e Ana Paula tenta se antagonizar a um grupo capitaneado por Lucas e Kaysar também deve render momentos interessantes nos próximos dias.
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A formação do paredão se deu de maneira óbvia, com líder e casa agindo como deles se esperava que agissem. Lucas, no entanto, errou ao se justificar, da maneira que se justificou para Gleici, que pareceu genuinamente surpresa com o emparedamento. Se Lucas tenta nebular, dentro e fora da casa, sua tática, Gleici que se define politicamente como de esquerda, deixa transparecer uma estratégia de jogo muito conservadora na casa - até mesmo ingênua. Não à toa virou peça de descarte no raciocínio de grande parte da casa.
Mahmoud já faz o estilo franco-atirador. Incrivelmente transparente, o brother errou e errou muito. Não ajudou ter conquistado uma primeira liderança especialmente fragilizadora como foi a deste “BBB”, mas o brother não escondeu seus ranços. Foi vingativo, cínico e contraditório. Viveu em pouco mais de dez dias um “BBB” inteiro e hoje é uma persona non grata dentro da casa. Sua sorte é que Jaqueline não faz boa campanha aqui fora.
A menina mulher quis Breno, foi lá e conseguiu. Mas, como dizem na quebrada, não está sabendo lidar. Jaque não está exatamente jogando. Não há cálculo, no sentido de organização de estratégia em um jogo de convivência, em suas ações. A rivalidade com Ana Clara agregou interesse à edição e a colocou em evidência em um aparentemente já consolidado papel de antagonista, mas seu temperamento desagrada tanto a mulheres mais conservadoras, como às mais liberais que se ressentem dela revitalizar a rivalidade de duas mulheres por um mesmo homem.
Jaque, portanto, passa a ser a grande possibilidadede eliminação nesta terça-feira. Isso, claro, se nos guiarmos unicamente pela moeda da moralidade, que costuma ser muito valorizada nos paredões do “BBB”. Eliminar Jaque é abreviar um dos conflitos mais interessantes em delineamento no reality e permitir que Mahmoud ganhe a chance de virar mártir. Mahmoud, por outro lado, não dá pistas de que possa se conter e mudar sua linha de jogo. Como ele diz já desde o princípio, ele não é obrigado.
Nenhum dos três integrantes deste paredão, no entanto, parece ter fôlego para chegar à final. Gleici, pela pouca atividade até aqui, ainda pode se moldar ao jogo – e tem um Vagner ali doido para lhe dar uma opção de narrativa melhor – mas o “BBB 18” não parece ser uma edição para jogadores que se jogam com paixão e é justamente aí que mora o perigo para Mahmoud e Jaqueline.
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