Jaqueline e Mahmoud, que se lançaram com paixão no jogo, polarizam rejeição em paredão que tem Gleici como elemento de exposição da má estratégia de Lucas. Vote em quem você quer eliminar no paredão desta terça-feira (6)
O segundo paredão do “BBB 18” – primeiro triplo e sem a ação do poder do veto – constitui um inusitado paredão nortista, já que Mahmoud , Jaqueline – ambos de Rondônia – e Gleici – do Acre – estrelam um paredão que mexeu com os brios dos integrantes da casa e deve provocar ainda mais reações após sua conclusão.
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Inequivocamente a melhor novela no ar no Brasil atualmente, o “BBB 18” já tem seus primeiros polos de rivalidade. Jaqueline e Ana Clara em torno de Breno configura a mais elétrica e carnal delas, mas a maneira como um grupo ainda pouco organizado formado por Viegas, Diego, Caruso, Vagner, Patrícia e Ana Paula tenta se antagonizar a um grupo capitaneado por Lucas e Kaysar também deve render momentos interessantes nos próximos dias.
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A formação do paredão se deu de maneira óbvia, com líder e casa agindo como deles se esperava que agissem. Lucas, no entanto, errou ao se justificar, da maneira que se justificou para Gleici, que pareceu genuinamente surpresa com o emparedamento. Se Lucas tenta nebular, dentro e fora da casa, sua tática, Gleici que se define politicamente como de esquerda, deixa transparecer uma estratégia de jogo muito conservadora na casa - até mesmo ingênua. Não à toa virou peça de descarte no raciocínio de grande parte da casa.
Mahmoud já faz o estilo franco-atirador. Incrivelmente transparente, o brother errou e errou muito. Não ajudou ter conquistado uma primeira liderança especialmente fragilizadora como foi a deste “BBB”, mas o brother não escondeu seus ranços. Foi vingativo, cínico e contraditório. Viveu em pouco mais de dez dias um “BBB” inteiro e hoje é uma persona non grata dentro da casa. Sua sorte é que Jaqueline não faz boa campanha aqui fora.
A menina mulher quis Breno, foi lá e conseguiu. Mas, como dizem na quebrada, não está sabendo lidar. Jaque não está exatamente jogando. Não há cálculo, no sentido de organização de estratégia em um jogo de convivência, em suas ações. A rivalidade com Ana Clara agregou interesse à edição e a colocou em evidência em um aparentemente já consolidado papel de antagonista, mas seu temperamento desagrada tanto a mulheres mais conservadoras, como às mais liberais que se ressentem dela revitalizar a rivalidade de duas mulheres por um mesmo homem.
Jaque, portanto, passa a ser a grande possibilidadede eliminação nesta terça-feira. Isso, claro, se nos guiarmos unicamente pela moeda da moralidade, que costuma ser muito valorizada nos paredões do “BBB”. Eliminar Jaque é abreviar um dos conflitos mais interessantes em delineamento no reality e permitir que Mahmoud ganhe a chance de virar mártir. Mahmoud, por outro lado, não dá pistas de que possa se conter e mudar sua linha de jogo. Como ele diz já desde o princípio, ele não é obrigado.
Nenhum dos três integrantes deste paredão, no entanto, parece ter fôlego para chegar à final. Gleici, pela pouca atividade até aqui, ainda pode se moldar ao jogo – e tem um Vagner ali doido para lhe dar uma opção de narrativa melhor – mas o “BBB 18” não parece ser uma edição para jogadores que se jogam com paixão e é justamente aí que mora o perigo para Mahmoud e Jaqueline.
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