Cena de
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Cena de "Profissão Repórter" que virou um caso na Justiça

Um programa do "Profissão Repórter" de 2017 virou caso na Justiça. O episódio mostrava a vida das cantoras sertanejas e, além de acompanhar a rotina de Marília Mendonça e Simone e Simaria , também mostrou artistas no começo da carreira. O empresário Humberto Djalma Nunes Sabóia foi um dos entrevistados, mas, segundo o site Notícias da TV, pede um indenização de R$ 155 mil por danos morais e alega que sofreu uma armação da emissora.

Sabóia apareceu no programa como um empresário que iria investir na carreira de Ruama Feitosa, uma cantora que estava começando no ramo musical. Ele é de Ubatuba, litoral de São Paulo, e foi identificado como "dono de loja de pneus, hotel e restaurantes". No programa, ele declara que iria investir de R$ 20 mil a R$ 30 mil mensais na carreira da sertaneja.

A reportagem acompanhou o momento em que assinaram o contrato e registrou reclamações de Ruama um mês após o acordo firmado. A cantora fala que não teve tudo o que foi prometido para ela, como uma banda e a gravação de um CD, e diz que não conseguia mais ter contato com o empresário. Ela fala que foi bloqueada por Sabóia e a cantora e a repórter tentam ligar para o empresário durante a gravação, mas não tiveram sucesso.

O empresário argumenta que a imagem dele foi exposta na TV de uma maneira negativa e exige direito de resposta. Ele fala que teve a imagem profissional abalada e supõe que as ligações foram forjadas. Porém, Sabóia admite que bloqueou o celular do namorado de Ruama, número pelo qual ela tentou ligar para o empresário na gravação.

O processo corre na 2ª Vara do Foro de Ubatuba e o juiz Fabricio José Pinto Dias julgou as queixas como improcedentes em julho de 2020. "Fica deveras impossível imputar à requerida [Globo] qualquer responsabilidade civil pela matéria veiculada, conforme quer fazer crer o autor. Ficou patente nos autos que a requerida obteve autorização para realização da matéria jornalística, que houve um desentendimento entre o autor e a cantora após a reportagem e, por fim, o autor é confuso acerca de ligações e telefonemas bloqueados", determinou.

Em entrevista ao site Notícias da TV, Sabóia segue dizendo que sofreu uma armação e exige o direito de resposta na emissora. "Usaram de má-fé mesmo. [Eles] Me usaram como bode expiatório. Sou uma pessoa idônea, tenho empresa idônea. Resido em Ubatuba há 53 anos. Fizeram uma coisa que me prejudicou. Foi tudo armado contra a minha pessoa. Vou até o fim, porque não tem lógica você ser ofendido publicamente e ficar por isso mesmo. Eles [a Globo] vieram para Ubatuba, sabem onde eu moro, sabem onde é minha empresa, minha casa e meu comércio. Não podem falar que não me acharam", diz.

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