Glória Groove em BONEKINHA
Reprodução/Rodolfo Magalhães
Glória Groove em BONEKINHA


Glória Groove não se intimida com haters, para a artista, ignorar o bullying e haters é o mínimo. Em entrevista coletiva, ela disse que o "botão do f*da-se está apertado" desde que nasceu, para crescer na carreira e aguentar a pressão de haters. 

"Desde que eu apareci na indústria já está apertado. Só de ser drag queen, eu tenho que ter o botão apertado, senão não dá certo. Imagina? No Brasil bolsonarista, o meu botão tem que estar apertado todo dia", comentou em entrevista coletiva.

Ela lida bem com a pressão de haters, poruqe para ela é algo esperado. "É previsível, eu fui viado a vida inteira, o bullying para mim não é uma novidade. Todo mundo que é gay me entende nessa questão, óbvio que na época de escola eu ficava triste. Hoje eu já fico mais tranquilo, o ódio hoje chega de outro jeito e em outra linguagem, fora que ele é destilado em pequenos espaços", conta.


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"Tem muitas pessoas que pensam que estão naquela ilusão que eu também já estive de 'ai estou vendo várias carreiras, estou vendo um filme, vou comentar como se elas nunca fossem ler, como se eu não pudesse machucar ninguém'. Eu já estive desse lado, então sei que é tudo uma grande ilusão", comenta. 

Glória não se assusta com os fãs críticos e com haters porque já foi fã. "Hoje a opinião ela não é pedida e mesmo assim ela é dada", diz. Mesmo assim, há opiniões que ela traz para o coração. "Eu trago muita insegurança, muitos machucados também. E as pessoas, elas sabem aonde te culpar, sabem aonde deixar você mal", diz.

Para ela, a resposta maior para o ódio nas redes sociais é mostrar o trabalho. "Para mim, não tem exemplo maior de força do que 'enxugou, continuou, levantou e foi embora', sabe? Porque eu acho que eu tenho a sorte de responder com a minha vida, com a minha carreira, com o meu talento, eu acho que a minha resposta ao ódio é essa", diz. 

Tanto, que para Glória, a inspiração para 'A Queda' é cantado do ponto de vista de quem ainda não foi cancelado, mas viu amigos e conhecidos viverem o cancelamento e a queda na carreira. "Quando eu falo que eu escrevi 'A Queda' do meu ponto de vista de público é por causa disso. Vi gente passando aqui do meu lado sabe? E 'A Queda' é muito sobre isso: você está ali e vê amiguinhas se dando mal, sendo cancelada e pensa: 'estou esperando minha vez é isso?'", diz. 

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