Era para ser na sexta-feira, mas o médico achou que já estava de bom tamanho a permanência do sambista Zeca Pagodinho, diagnosticado com Covid-19, dentro de um hospital . Nesta quinta-feira, ele deixou a Casa de Saúde São José, para onde foi no domingo e onde fez amizade até "com a madre que cuida da capela", como conta em entrevista exclusiva ao GLOBO.
Com sintomas leves, o músico segue em quarentena até o dia 29 e, no final de setembro, lança, em suas plataformas digitais, um novo single, “Turma da espuma”, composição inédita de Serginho Meriti e Claudemir. O que fica desse episódio? "Todo cuidado é pouco".
O que você sentiu ao receber o diagnóstico da Covid-19?
Fiquei preocupado e corri logo pro hospital para me cuidar.
O médico optou pela internação para acompanhamento de seu quadro clínico e por que você é muito agitado. Como foram esses dias isolados no hospital? O que você fazia e no que você pensava?
Sou agitado, mas fiquei também para ter um acompanhamento, ser monitorado. Fiz muita palavra cruzada, vi televisão, falei com meus amigos por telefone, cantei, brinquei. Todos no hospital são meus amigos, até a madre que cuida da capela. Acho que fui para o hospital para alegrar o pessoal (risos). Está tudo certo comigo, graças a Deus.
Como foi a comunicação com a família?
Falei com a família por ligação de vídeo que é a única coisa diferente que eu sei fazer no celular .
Você viu?
A cultura anda sofrida durante a pandemia. Como você está encarando a quarentena e a falta de shows?
Com uma certa tristeza... Estou querendo ir para rua, trabalhar, fazer shows e também me divertir, mas sei que temos que ter paciência e aguardar o momento certo.
Você tomou as duas doses da vacina e tem apresentado sintomas leves. O que acha da política adotada pelo governo para o combate à Covid?
Nem sei qual é a política do governo, só acho que todo mundo tem que se vacinar, tomar as duas doses da vacina, usar máscara, usar álcool em gel, principalmente por causa dos idosos.
Qual é a lição que fica dessa experiência?
Todo cuidado é pouco.