Amaury Lorenzo e Diego Martins, intérpretes de Ramiro e Kelvin em "Terra e Paixão", rebateram um comentário de um jornalista que julgava o casal como o "alívio cômico" da novela. Os atores citaram o impacto dos personagens na trama e cenas que provam o contrário da declaração que repercutiu na web.
"Discordo bastante. já fizemos cenas tão lindas, que discutem tanta coisa interessante. Já falamos sobre casamento homoafetivo, já falamos sobre família e suas diferentes formas de ser e de constituir. Já falamos de amor e de descobrir o amor", afirmou Diego no X, antigo Twitter.
O intérprete de Kelvin ainda reconheceu como a TV brasileira ainda "engatinha no quesito de narrativas gays". "O que é uma pena, é tudo realmente muito devagar. Mas vejo as discussões - que não são nada vazias - chegarem nas pessoas. E esse papel de ser o alívio cômico sem função alguma eu não passo", avaliou.
"Esses dois personagens tem cenas que passam muito longe disso [alívio cômico]. E falo com propriedade, porque morreria de vergonha de ser apenas um alívio cômico para hétero. Não é o que está acontecendo. Já fizemos muita cena onde o ponto é ilustrar (quase que literalmente) que está tudo bem você amar alguém, mesmo que você tenha crescido numa sociedade que diz que aquele amor é errado. Já fizemos muita gente se emocionar e, claro, rir também", completou.
entendo a sua narrativa quando diz “alívio cômico”, mas esses dois personagens tem cenas que passam muito longe disso. e eu falo com propriedade por que eu morreria de vergonha de ser apenas um alívio cômico para hétero. e não é o que está acontecendo.
— Diego Martins (@di_egomartins) October 22, 2023
Já Amaury apareceu nos stories do Instagram listando várias cenas que ultrapassam o humor do casal na trama, além de postagem que mostram a repercussão positiva dos personagens entre o público. "Como sou professor, gosto de levar conhecimento a quem não tem e levar luz a quem está na ignorância", explicou após as postagens.
"Dizer que comédia é uma arte menor não é inteligente. Comédia é uma arte milenar, potente e responsável pela transformação, não só da nossa cultura, mas da nossa sociedade. Reduzir Kelvin e Ramiro a apenas ao entretenimento, é um equívoco, porque eles representam milhões de pessoas que se identificam com a complexidade desses personagens", rebateu.
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