'Pantanal': autor comenta participação dos filhos e de Sérgio Reis

Bruno Luperi disse que o músico, alvo de investigação da PF por incitar ataques ao STF, apresentou a região a Benedito Ruy Barbosa

Sérgio Reis interpretou Tibério na primeira versão da novela
Foto: Reprodução/Instagram 09.09.2022
Sérgio Reis interpretou Tibério na primeira versão da novela


Muito do final de "Pantanal", remake do clássico de 1990 escrito por Bruno Luperi, será igual ao da obra original, de Benedito Ruy Barbosa. Mas a produção da versão atual promete emocionar os telespectadores com referências claras à geração passada e a futura, na pele dos bisnetos de Benedito, filhos de Bruno.

+ Entre no  canal do iG Gente no Telegram e fique por dentro de todas as notícias sobre celebridades, reality shows e muito mais!

Abaixo, o que vem por aí, comentado pelo autor. Casamentos e homenagens nos últimos dias da novela. 


Três em um

Três casais trocarão alianças nesta reta final: Filó (Dira Paes) e Zé Leôncio (Marcos Palmeira), que a pede em casamento depois de descobrir estar doente; Tadeu (José Loreto) e Zefa (Paula Barbosa); e José Lucas (Irandhir Santos) e Irma (Camila Morgado). A festança será exatamente igual à que Benedito Ruy Barbosa programou em 1990.

+ Siga também o perfil geral do Portal iG no Telegram !

Encontro de elencos

O “casamentaço” foi o espaço perfeito encontrado pelo autor do remake para homenagear atores da primeira versão. Estarão em cena, como convidados da festa, Giovanna Gold (que foi Zefa), Cristiana Oliveira (Juma) e Ingra Lyberato (Madeleine). Um nome que já rendeu discussões, mas também promete entregar uma cena emocionante, numa roda de viola com Almir Sater e Guito, é Sérgio Reis, o Tibério da primeira versão. O cantor sertanejo já foi alvo de operação da Polícia Federal por manifestações contra as instituições e a democracia, após ter áudios vazados em que incitava a invasão do Supremo Tribunal Federal. Posteriormente, em entrevistas, ele pediu desculpas à Corte e aos seus membros.

Bruno Luperi defendeu a participação do artista.

— Não entro nesse mérito (das posições políticas de Reis), porque o que admiro é o trabalho musical. Sérgio é um cara que lutou pela cultura caipira, as músicas e os rincões do Brasil. A gente não pode pegar quem a gente não concorda e sair limando da História. Também não podemos “passar pano” — diz o autor, ressaltando que foi o músico quem apresentou o bioma a Benedito. — “Pantanal” existe porque ele insistiu para o meu avô ir até lá entre uma novela e outra. Ele disse: “Benê, vem descansar aqui comigo. Vem conhecer esse lugar. Você vai gostar”. Quando o meu avô chegou, ficou encantado.

Nova geração

Benedito, Bruno e agora os filhos de Bruno, Theo e Lia, se juntam ao cânone pantaneiro. O menino, de 8 anos, e a menina, de 5, aparecerão nas cenas finais, como os filhos de Juma (Alanis Guillen) e Irma (Camila Morgado). Eles estiveram com Marcos Palmeira, não mais na pele de Zé Leôncio, já morto, mas, sim, (atenção para o spoiler de 32 anos) transformado no Velho do Rio.

— O Marquinhos (Palmeira) foi o primeiro ator que conheci na minha vida. Ele fazia “Renascer”, foi visitar meu avô, e eu falava: “João Pedro (personagem de Marcos) está lá embaixo.” Agora, meus filhos contracenaram com ele. É um ciclo — diz Bruno.

Volta por cima

Com Tenório assassinado por Alcides (Juliano Cazarré), Zuleica (Aline Borges) sairá da rua da amargura que era a vida ao lado do grileiro. Nova dona das terras, se tornará sócia de Zé Leôncio e, no casamento dele, flertará com Eugênio (Almir Sater).

+ O "AUÊ" é o programa de entretenimento do iG Gente. Com apresentação de Kadu Brandão e comentários da equipe de redação, o programa vai ao ar toda sexta-feira, às 12h, no YouTube, com retransmissão nas redes sociais do portal.