Personagem de Alanis Guillen cansa o público pela teimosia; Cristiana Oliveira dava ar de mistério e inocência para menina-onça
A personagem de Alanis Guillen não segura o público pela falta de carisma e também pela teimosia. E o erro não é do roteiro, já que a Juma de Cristiana Oliveira é relembrada por outros motivos. A chatice é tanta, que a fala mais marcante da atual protagonista de "Pantanal" é "quero ir embora".
Enquanto a Juma de Cristiana Oliveira crescia com a novela, a Juma da Globo parece que não evoluiu. Ela aceita com muita relutância a modernidade e não suporta conhecer o mundo além da tapera dela. Parte do público até se reconheceu em Mariana (Selma Egrei), que chamou a personagem de "enjoadinha".
Diferente da versão atual, Juma participava das rodas de viola, tinha conversas mais sérias com Jove e não usava tantos maneirismos para falar. Até a célebre frase de que Juma vira onça quando fica com raiva não é falada com o português 'pantaneiro'.
Em 1990, a personagem de Cristiana Oliveira era tratada como uma pessoa inocente, mas que tinha atitudes de adulta. No remake, Juma é tratada como uma criança teimosa, que não entende o mundo e as 'regras da sociedade' e que não tem comunicação bem desenvolvida.
Apesar da pouca tecnologia dos anos 1990, a Juma de Cristiana Oliveira sabia se defender de forma mais violenta, porém mais carismática. A Juma atual só passou por duas transformações repletas de jogo de câmera, deixando fãs frustrados com a falta de realismo mágico nessa versão.
Em 1990, o romance entre os dois era repleto de amor, mas muito sóbrio e até com tons de comédia. Atualmente, a relação dos personagens é mais platônica, com cenas super românticas, mas Jove (Jesuíta Barbosa) tem que lutar para conseguir uma vida estável com a personagem, que é instável e se irrita por qualquer atitude do amado.
No remake da Globo, Juma pouco se importa com a vida humana e não tem problemas em estimular a violência na novela. A primeira Juma era mais racional.