Acidentes, mortes e até briga entre o elenco fizeram autores escreverem novos finais para as obras.
A novela de Glória Perez teve de mudar o final após o assassinato da filha da autora, Daniella Perez, que interpretava Yasmin. Ao reescrever, a personagem apareceu até as últimas gravações e ao sair da novela foi dito que ela iria viajar para estudar dança. Já Bira (Guilherme de Pádua) foi retirado da novela sem maiores explicações. Além disso, Glória Perez inseriu assuntos relacionados à Justiça na novela.
Durante a novela de 2016, dois atores importantes morreram. Umberto Magnani, que fazia o padre Romão, morreu após um AVC, teve cenas reescritas, sendo substituído por Carlos Vereza, que interpretou padre Benício. Faltando duas semanas para o fim, Domingos Montagner morreu após se afogar no rio São Francisco. Sem mudanças no destino de Santo, a Globo precisou gravar as cenas pela perspectiva em primeira pessoa, sem falas do personagem.
A novela de Manuela Dias teve de ser pausada devido à pandemia da covid-19. A retomada, apenas em 2021, teve algumas mudanças de roteiro. A autora incluiu a pandemia como parte da história, com seis personagens contaminados pela doença. A obra chegou a ser criticada pelo modelo de tratar a situação, com alguns erros sanitários, como o beijo de Davi (Vladiimir Brichta) e Érica (Nanda Costa) em um acrílico.
Drica Moraes, intérprete da vilã Cora na novela de Aguinaldo Silva, teve uma crise de labirintite e uma faringite que tirou a voz dela. A atriz, que estava com a saúde fragilizada desde um tratamento contra a leucemia, teve de se afastar da novela. O autor decidiu chamar Marjorie Estiano, que interpretou a personagem no começo da obra, para finalizar o papel.
A novela de 1994 teve de mudar os rumos por um desentendimento entre Vera Fischer, que interpretava Lídia Laport e Felipe Camargo, que atuava como Inácio. Os dois foram afastados da obra pela indisciplina deles, que na época eram casados e enfrentavam um problema conjugal, o que prejudicou o ritmo das gravações. Gilberto Braga, o autor, decidiu escrever a morte dos dois personagens em um incêndio.
Na versão original de Benedito Ruy Barbosa, o destino de Trindade, na época interpretado por Almir Sater, teve de mudar. O ator, que havia sido chamado para "Ana Raio e Zé Trovão", foi liberado pela direção para atuar na novela. Por isso, o autor decidiu retirá-lo sem maiores explicações e deixou Irma (Elaine Cristina) sozinha.
Com baixa aceitação por parte do público, a novela de Silvio de Abreu teve uma virada para acalmar os telespectadores. A reviravolta ocorreu com a explosão do shopping Tropical Towers. Lá, Silvio matou o casal de lésbicas formado por Rafaela (Christiane Torloni) e Leila (Silvia Pfeifer) e o dependente químico Guilherme (Marcello Antony) também deixou a novela. Agenor (Juca de Oliveira) também foi dado como morto e voltou para a trama capítulos depois.
Na obra de Walcyr Carrasco, Nicole, personagem de Marina Ruy Barbosa, morreu por um motivo curioso. A garota, que descobria um câncer, só morreu porque Marina não quis raspar os cabelos, apesar do combinado desde que aceitou o papel. Com isso, Walcyr mudou o rumo da novela, apesar de ter escrito 30 capítulos com o enredo.
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