Personagem de Larissa Manoela foi grande promessa, mas entregou pouco carisma para o público.
Na novela, Isadora (Larissa Manoela) surge na segunda parte de "Além da Ilusão" sendo uma versão atualizada da irmã, Elisa, que já enfrentava os pais antes de morrer. Isadora prometia ser uma personagem empoderada, moderna e que traria um frescor para a novela.
Apesar de parecer moderna, Isadora é só mais uma personagem mimada. O protagonismo dela só ocorre na disputa entre Joaquim (Danilo Mesquita) e Rafael/Davi (Rafa Vitti). Ela só aparece para sofrer pelo amor dos dois rapazes e para brigar com a mãe, Violeta (Malu Galli).
Isadora não consegue ser interessante, só ganha o carinho do público quando briga com os vilões da novela. Um dos exemplos é com Iolanda (Duda Brack), após o casamento que deu errado com Rafael. As personagens não têm um enredo forte e sofrem na mão de Joaquim.
Com poucas cenas modernas e à frente do tempo da novela, Isadora mostra que não é tão progressista e empoderada assim. Com o relacionamento da mãe com Eugênio (Marcello Novaes), Isadora se mantém conservadora, não entende o lado de Violeta e a julga por querer amar. Ela até tem embates com a tia, Heloísa (Paloma Duarte), que se mostra mais moderna que a sobrinha.
No começo da segunda fase, Isadora era uma jovem cheia de sonhos que ia à contramão da sociedade de Campos. Chegando ao final, ela se mostra mimada, insuportável e atrapalhando a vida de pessoas próximas, culpando os outros pelos problemas que surgem na vida dela.
As subtramas de "Além da Ilusão" são bem mais interessantes que a central, que rodeia Rafael, Isadora e Joaquim. Heloísa, Violeta, Eugênio, Matias (Antônio Caloni) e as tramas da tecelagem chamam mais atenção do que os dramas de Isadora. Além disso, o núcleo cômico da rádio de Campos rouba a cena. Mas ainda sim, a chatice de Isadora consegue atrapalhar os núcleos.
Dos que roubam o protagonismo de "Além da Ilusão", a mãe de Isadora e o sócio da tecelagem são os personagens que substituem a trama principal com maestria. Os dramas deles com os parceiros, Marias e Úrsula (Bárbara Paz), fazem mais sentido pela quebra de padrões da época da novela.
A personagem não tem mais o brilho que tinha no começo da segunda fase. Para os que assistem, fica a saudade dos primeiros momentos da personagem em tela, em que ela tinha coragem de assumir o amor por Rafael e enfrentava os tabus da época.
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