A reta final da trama de Lícia Manzo pecou em falta de acontecimentos e tramas rasas; veja.
Por conta da pandemia, "Um Lugar ao Sol" foi uma obra fechada, ao contrário das novelas que a Globo fez até então. A trama começou promissora, mas desandou do meio para o final, o que poderia ser corrigido se a história ainda estivesse sendo gravada enquanto os capítulos eram exibidos.
A novela de Lícia Manzo teve que ficar mais tempo no ar do que o previsto para que a Globo tivesse tempo de finalizar os capítulos de "Pantanal". Isso fez com que a reta final de "Um Lugar ao Sol" ficasse arrastada e sem muitos acontecimentos.
Enquanto algumas tramas demoraram muito para se desenrolar, outras foram abordadas superficialmente. Um exemplo disso é a vida trágica de Noca (Marieta Severo), que poderia ter sido mais trabalhada e aparecer em mais capítulos.
Alguns núcleos deveriam trabalhar com a diversidade e inclusão, mas acabaram ficando meio problemáticos. Nicole tentando emagrecer, por exemplo, deveria levantar uma discussão sobre gordofobia, mas em nenhum momento há um grande contraponto aos dilemas dela ou algum personagem ressaltando a aceitação de um corpo gordo.
Túlio (Daniel Dantas) e Joy (Lara Treoroux) foram os maiores vilões de "Um Lugar ao Sol". Porém, os dois acabaram morrendo no meio da novela. Após isso, a autora colocou personagens como Stephany (Renata Gaspar) para chantagear Christian/Renato, o que não fez muito sentido com o restante da história.
Algo que não agradou nada o público no final de "Um Lugar ao Sol" foi o romance entre Lara (Andréia Horta) e Ravi (Juan Paiva), os dois são amigos desde o começo da novela, mas em nenhum momento existiu uma grande química entre eles.