Começo lento
A primeira fase de "Nos Tempos do Imperador" não agradou muito o público. A trama começou lenta e demorou para se desenrolar em maiores acontecimentos.
A novela de Alessandro Marson e Thereza Falcão chega ao fim nesta sexta-feira (4)
A primeira fase de "Nos Tempos do Imperador" não agradou muito o público. A trama começou lenta e demorou para se desenrolar em maiores acontecimentos.
Uma das figuras centrais da trama, Dom Pedro II (Selton Mello) não é nada cativante. O Imperador do Brasil é chato, não toma atitude em relação aos problemas do país e tem muito pouco carisma.
Em "Novo Mundo", o relacionamento conturbado de Dom Pedro I (Caio Castro) e Leopoldina (Letícia Colin) roubou a cena, mas não deu certo repetir a dose em 'Nos Tempos do Imperador". Mesmo tendo um grande espaço na história, o romance entre Luísa (Mariana Ximenes) e Dom Pedro II (Selton Mello) não conquistou o público.
O começo de "Nos Tempos do Imperador" foi marcado por uma má abordagem das questões raciais. Em uma das cenas, Pilar (Gabriela Medvedovski) insinua que sofreu "racismo reverso" durante uma conversa com Samuel (Michel Gomes), algo que não existia na época do Brasil colonial e muito menos nos dias de hoje.
Por mais que representatividade LGBTQIA+ seja importante nas novelas, nem sempre esses personagens são retratados da melhor forma. Infelizmente, esse é o caso de Clemência (Dani Barros) e Vitória (Maria Clara Gueiros). Elas começam um romance no final da trama após serem ambas rejeitadas por Quinzinho (Augusto Madeira), o que pode reforçar esteriótipos negativos sobre o relacionamento entre mulheres.
Outro momento em que os autores erraram com ritmo de "Nos Tempos do Imperador" foi com a Guerra do Paraguai. Os autores estenderam muito esse acontecimento, o que acabou deixando a novela arrastada.