Produtor do "BBB" é acusado de assédio por estudante

Ele teria pedido para a mulher mandar fotos dela nua durante a seleção para participar do reality show da Globo

Foto: Reprodução
Produtor do 'Big Brother Brasil' é acusado de assédio

Um produtor do "BBB" está sendo acusado de assédio pela estudante de odontologia Aline Vargas, de 35 anos. Segundo o Uol, ela abriu um boletim de ocorrência contra ele na Delegacia da Mulher de Belo Horizonte no dia 23 de maio.

O homem, que trabalharia há 37 anos na Globo, fazia parte da equipe de seleção dos participantes para o "BBB 22" e conversou com Aline Vargas por mensagens. Ele teria pedido para a estudante enviar fotos sensuais de biquíni e nua para poder passar para a segunda fase do processo seletivo. Ela teria se recusado a mandar as fotos e denunciou o produtor por assédio.

"O autor disse que deveriam ter mais fotos sensuais. 'Gostosa de biquíni'. A vítima disse que não teria fotos de biquíni. O autor então pediu fotos nuas: 'Me envia uma foto pelada'. A vítima desviou o assunto, porém ele insistiu para que ela enviasse uma foto 'pelada e sexy'. Que a vítima com medo de perder a oportunidade, tentou responder de forma a dissuadi-lo daquela ideia. (...) O autor enviou a seguinte mensagem para a vítima: 'Bom dia, você tem poucas chances, você é casada, não é um perfil que agrada, boa sorte", diz o boletim de ocorrência.

"Quando sofri o assédio, fiquei em estado de choque, chorando muito e sofrendo muito, meu marido pediu para eu ter calma. Resolvi denunciar assim que minha ficha caiu e estava um pouco melhor. Sempre fui feminista e ativa, criei coragem e denunciei mesmo. Tenho certeza que existem várias e vários que passaram por isso, porém nunca denunciaram por medo, pois vivemos em uma sociedade onde a vítima é questionada e não o assediador", conta Aline.

A suposta vítima entregou à polícia um pen drive com todas as mensagens trocadas entre ela e o produtor, que passará por uma perícia. Além disso, a Polícia Civil também investiga o envolvimento de um segundo produtor da Globo no caso.

Ao Uol, a Globo disse o homem em questão não faz mais parte do quadro dos funcionários e falou que os colaboradores da emissora devem seguir um código de ética. "O colaborador em questão não está mais na empresa. Aproveitamos para reiterar que temos um Código de Ética, que deve ser seguido por todos nossos colaboradores, e uma ouvidoria pronta para receber quaisquer relatos de violação ao Código. Todo relato é apurado criteriosamente assim que a empresa toma conhecimento e as medidas necessárias são adotadas", diz o canal de TV em comunicado oficial.