Lília Cabral compara morte em 'Laços de Família' com desespero em 2020

"Quando eu soube da morte da personagem, fazia pouco tempo da tragédia do ônibus 174. Eu sabia que seria uma cena extremamente forte e dolorosa", escreveu a atriz nas redes sociais. A morte de Ingrid foi ao ar ontem, no Vale a Pena Ver de Novo

Foto: Reprodução/Globo
Personagem de Lília Cabral em 'Laços de Família' morre


A morte de Ingrid, personagem de Lília Cabral na novela 'Laços de Família', foi exibida nesta segunda-feira (21) no Vale a Pena Ver de Novo. Feita de refém durante um assalto, Ingrid foi assassinada na frente da filha, interpretada por Deborah Secco. Em seu Instagram, Cabral relembrou a época em que a cena foi gravada e disse que o desespero da cena pode ser comparado ao de muitos em 2020.

"Eu me lembro que quando eu soube da morte da personagem, fazia pouco tempo da tragédia do ônibus 174. Eu sabia que seria uma cena extremamente forte e dolorosa e nós atores, direção e equipe teríamos uma longa jornada de trabalho", escreveu a atriz.

"Quem dirigiu a sequência foi o Papinha, ficamos três dias inteiros no posto de gasolina entre a Fonte da Saudade e a Lagoa Rodrigo de Freitas. Começamos pelo lado de dentro da loja e depois viemos para o lado de fora! Imaginem o tumulto e a dificuldade para se gravar naquele ambiente, mas conseguimos, e não poderia ter sido gravado em outro lugar!", continuou. Me despedi ali da personagem e era uma mistura de missão cumprida com a saudade de uma novela que eu achava linda", disse.

Em 2006, Cabral participou novamente de uma novela de Manoel Carlos, dessa vez como a rancorosa Marta, de 'Páginas da Vida'. "Maneco me dava aulas todos os dias. Sou e serei sempre grata", escreveu sobre o autor das tramas.

A atriz ainda comparou o desespero de Íris, que perdeu sua mãe diante de seus olhos, ao desespero que muitos estão vivendo em 2020. "São milhares de pessoas que choram, sofrem, se acabam, as famílias são destruídas com a violência que continua, cada vez maior e a impunidade cada vez maior tb. A injustiça é a palavra mais ouvida e estamos cada vez mais aprisionados dentro das nossas casas e ainda temos uma pandemia para administrar. Deixo o meu carinho acreditando e esperando que 2021 seja um ano de generosidade e justiça. Estamos precisando", finalizou.