O programa "Pânico" é transmitido pela rádio Jovem Pan desde 1993 e, em 2003, ele estreiou também na televisão. Depois de anos alcançando números incríveis de audiência pela RedeTV! e disputando a liderança com o "Fantástico", da Globo, o programa foi para a Band e, em 2017, começou a amargar.
Hoje, ele é transmitido apenas no rádio, mas segue causando polêmicas. Recentemente, o programa voltou a ser criticado depois que Bianca Andrade sofreu um show de machismo ao ser entrevistada. Depois disso, foi a vez de Mário do TikTok ser humilhado pelos apresentadores .
Então o iG Gente resolveu fazer uma lista para relembrar outros 7 momentos em que o "Pânico" deu show de desrespeito.
1. Personagem satirizando negros e fazendo black face
Em 2015, Eduardo Sterblitch interpretou um personagem chamado Africano em um dos quadros do programa na TV. Pintado de preto, o ator se expressava através de gritos e grunhidos para compor o personagem. Na época, a interpretação teve uma repercussão bastante negativa e, logo em seguida, Edu saiu do programa e entrou em depressão.
Hoje, longe do "Pânico" e contratado pela TV Globo, o ator revela o profundo arrependimento pelo personagem. "Eu tenho muita vergonha disso. Peço perdão todos os dias", disse em seu Twitter recentemente quando foi lembrado do episódio.
Eu tenho muita vergonha disso.
— Eduardo Sterblitch (@edu) May 10, 2020
Peço perdão todos os dias.
2. Bola sendo zoado por ser gordo
Também no formato para TV, Marcos Chiesa, mais conhecido como Bola, era constantemente zoado pelo fato de ser gordo. Mas, naquela época, pouco se falava sobre gordofobia. Nos quadros do programa, ele sempre era ridicularizado e alvo de pegadinhas. Em uma delas, inclusive, ele chegou a ser enterrado vivo.
3. Panicats sendo humilhadas
O programa era composto quase que exclusivamente por homens - a não ser pelas panicats, que ficavam praticamente nuas durante todo o programa e quase não se pronunciavam. Se fossemos selecionar todos os momentos em que as garotas foram sexualizadas e diminuídas, talvez teríamos que escrever um artigo de páginas e páginas.
Mas, recentemente, em entrevista ao “Fofocalizando”, do SBT, Carol Dias, ex-panicat, soltou o verbo e contou que entrou com um processo judicial contra a Band após se recuperar de traumas psicológicos causados por ter sido assediada moralmente e sexualmente no ambiente de trabalho. "Uma vez fui gravar com um diretor de externa. Uma menina me perguntou: 'Você namora?'. O diretor falou: 'Ela não namora, ela tem cliente'. É humilhante. Saí chorando da gravação", revelou.
4. Transfobia em pegadinha
Em 2013, como forma de trollar o humorista Gui Santana, a produção do programa fez com que ele tivesse momentos quentes com uma travesti. E essa não foi a primeira vez que a transfobia rolou solta no programa, já que o elenco frequentemente fazia piadas sobre Ariadna, mulher trans que participou da décima primeira edição do "Big Brother Brasil".
5. Mulheres fora do padrão expostas ao ridículo
Também como forma de pegadinha, o "Pânico" costumava colocar o elenco masculino para trocar beijos e outras intimidades com mulheres fora do padrão. Uma delas era Marisclei, que sempre surgia no programa para beijar Bola como forma de castigar o integrante.
6. Anões sendo estereotipados para entretenimento
Pessoas fora dos padrões sempre foram o alvo preferido da atração, que contratava anões como forma de divertir o público. Certa vez, em um episódio que foi ao ar em 2015, a produção fez uma partida de futebol entre o elenco masculino bêbado e anões.
7. Problemas psiquiátricos como piada
Um dos quadros do "Pânico" tinha um ator vestido de Amy Winehouse. Nele, o rapaz saía pela rua fingindo um surto e quebrando tudo. Vale lembrar que a cantora enfrentou sérios problemas psiquiátricos e com o vício em drogas e morreu vítima de uma overdose. Como se não bastasse, a atração enviou integrantes ao velório de Amy para que fingissem ser da família da cantora.