“A Força do Querer” debate empoderamento feminino e misticismo

Se tratando de Gloria Perez, podemos sempre contar com boas e poderosas histórias de amor. Mas, além disso, sua nova trama "A Força do Querer" será carregada de temas atuais como empoderamento feminino e identificação de gênero.

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A novela traz uma série de protagonistas e três histórias principais: a relação entre o ex-casal  Caio (Rodrigo Lombardi) e Bibi (Juliana Paes); o trio amoroso entre Zeca (Marco Pigossi), Ruy (Fiuk) e Ritinha (Isis Valverde) e o protagonismo de Jeiza (Paolla Oliveira) como uma policial.

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Juliana Paes e Rodrigo Lombardi voltam a contracenar em outra história de Glória Perez.  Mas, ao invés de Caminhos das Índias, onde os personagens viviam conflitos religiosos, dessa vez o conflito entre seus personagens é de interesses. Caio (Rodrigo Lombardi), advogado de formação, largou a possibilidade de administrar uma das maiores empresas do Brasil, a Garcia, quando Bibi (Juliana Paes) terminou o relacionamento com ele. Sem olhar para trás, trocou o Rio de Janeiro para ir se aventurar nos Estados Unidos. Passados quase 15 anos, Caio decide retornar ao Brasil, onde reencontra Bibi.

A personagem de Juliana Paes, que enfrentará problemas financeiros com seu marido Rubinho (Emílio Dantas), entrará para o mundo do crime, transformando-se em "Bibi Perigosa".

Misticismo, sereias e destinos

Caio, ao deixar o Brasil, abandona a possibilidade de administrar a Garcia que, hoje, pertence a Ruy (Fiuk), filho de Eugenio (Dan Stulbach), um dos donos do negócio. O jovem está noivo de Cibele (Bruna Linzmeyer) – uma mulher de família rica e com futuro promissor. Mas, em uma viagem de trabalho a Parazinho, vila fictícia no Pará, ele fica encantado por Ritinha (Isis Valverde), que retribui suas investidas, apesar de ser noiva de Zeca (Marco Pigossi), um rapaz conhecido por sua boa índole e perdidamente apaixonado por ela. Mas as vidas de Ruy e Zeca estavam marcadas para se cruzar novamente, já que seus destinos estão entrelaçados desde crianças.

Quando menino, Ruy viaja com o pai Eugênio (Dan Stulbach) para o Acre, quando cai da embarcação durante uma forte tempestade e é levado para longe pela correnteza. Longe dos olhares do pai Abel (Tonico Pereira), Zeca corre pela margem do rio quando vê o menino em perigo e estende um galho na tentativa de salvá-lo, mas não consegue e acaba sendo carregado junto com ele para dentro da água. Os garotos são encontrados por um índio da tribo Ashaninka (Benki Piyãko). Enquanto se recuperam, Zeca e Ruy têm um mesmo sonho e isso faz com que o índio perceba que eles estarão ligados para sempre pelas águas do rio.  “Se viram tudo igual, é um aviso que o espírito da floresta está mandando. A vida toda vocês tomem cuidado com o que brotar das águas. O que brotar das águas vai juntar vocês dois e separar de novo!”, diz a previção do Ashaninka. Quinze anos se passam e os caminhos de Zeca e Ruy voltam a se cruzar, agora nas águas de Parazinho, cidade fictícia no interior do Pará. Ruy está numa embarcação com Eugênio, e Zeca - que se mudou com o pai para o local após o acidente -, caminha pela margem do rio. Da embarcação, Ruy observa os botos nadando até que surge uma bela moça, de cabelos compridos, brincando entre os animais. A moça é Ritinha (Isis Valverde), namorada de Zeca.

Ritinha nasceu sedutora, assim como as sereias. E também vive a euforia da juventude. Amorosa, gosta bastante do namorado, mas deseja experimentar de tudo, conhecer outros lugares, aproveitar o que a vida tem para oferecer. Em Parazinho, Ritinha conhece Ruy e nasce um interesse mútuo entre eles.

Empoderamento feminino e identidade de gênero

Ao saber do envolvimento de Ritinha com Ruy, Zeca decide se mudar para Niterói, no Rio de Janeiro, e recomeçar. Lá, conhece Jeiza (Paolla Oliveira), uma policial que trabalha no Batalhão de Ações com Cães e sonha em se tornar lutadora de MMA. Tratando de empoderamento feminino, Perez vai mostrar uma personagem que quer mostrar que as mulheres merecem espaço em todas as áreas, mesmo que dominadas por homens.

 Mas não é só por meio da personagem de Jeiza que Perez causará polêmica e provocará um debate cultural. Em outro núcleo, a personagem Ivana (Carol Duarte) filha de Joyce (Maria Fernanda Cândido) e Eugênio (Dan Stulbach) se revelará transexual homem e deverá enfrentar muitos conflitos, sociais e familiares.