"Vídeo Show" ainda não sabe como superar sua "crise dos 30"
No ar desde 1983, o "Vídeo Show" enfrenta crise de audiência e procura o caminho para voltar a cativar o público que perdeu nos últimos anos
Por Jonathan Pereira |
A Globo parece não encontrar a fórmula para reavivar o interesse do público pelo "Vídeo Show". Apesar de estar cada vez mais tempo no ar - tem sido exibido das 14h às 15h15 - o programa perde praticamente todo dia em São Paulo para o quadro "A Hora da Venenosa" , do "Balanço Geral", da Record. A impressão é que quem está em casa desistiu da atração.
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A emissora já implantou um rodízio de apresentadores - colocando até a imprevisível Susana Vieira ao vivo às quintas-feiras - voltou com quadros já conhecidos como o "Falha Nossa" e até aumentou a duração do "Novelão" com sua coringa
"Avenida Brasil", parecendo um bloco do "Vale a Pena Ver de Novo", só que mesmo assim a audiência do " Vídeo Show
" não reage.
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O principal problema é que tudo parece muito "jogado" no programa. "TV é hábito", já dizia José Bonifácio de Oliveira Sobrinho , o Boni , ex-diretor geral da Globo, mas é difícil prever o que passa na atração - tirando o "Novelão", que é diário e mesmo assim nem sempre começa na mesma hora, nunca se sabe quando os quadros irão ao ar. Falta regularidade para prender a atenção.
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Monica Iozzi também faz falta. Há um ano, ninguém que passou pela bancada conseguiu substituí-la à altura ao lado de Otaviano Costa , e as brincadeiras quase nonsense dos dois deram lugar à leitura do teleprompter, com pouca espontaneidade. A longa duração sem atrativos dispersa o telespectador. Chamadas ao longo da programação com o anúncio do que iria ao ar fazem falta pois, se soubesse o que pode esperar, talvez quem está em casa reservasse um tempinho após o almoço para ficar em frente à TV.
Claro que o problema não é de agora, só vem se agravando - já acontecia ainda com a dupla André Marques e Ana Furtado , há cinco anos, depois com a mal sucedida passagem de Zeca Camargo e com a atual conjuntura. Prestes a completar 34 anos no ar, o "Vídeo Show" precisa se redescobrir e superar definitivamente a "crise dos 30" em que mergulhou.