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pós seis anos de pausa, o famoso Victoria’s Secret Fashion Show , que teve sua primeira edição em 1995, está oficialmente de volta. Nesta terça-feira (15), o desfile da marca de lingerie aconteceu em Nova York e teve o retorno de suas ‘angels’ queridinhas, assim como novas modelos com o intuito de cumprir sua promessa de trazer mais diversidade de corpos. Apesar de isso ter de fato aparecido na passarela, será que foi o suficiente para justificar a volta do evento da etiqueta norte-americana?
Segundo a Victoria’s Secret, o objetivo do desfile era dar destaque às mulheres, até por isso não houve uma performance feita por um artista masculino, como já aconteceu em anos anteriores. Desta vez, as responsáveis pelos atos musicais foram a icônica Cher , a cantora sul-africana Tyla e a tailandesa Lisa , integrante do grupo de k-pop BLACKPINK .
No casting, tivemos as supermodelos veteranas Tyra Banks, Eva Herzigová, Carla Bruni e Kate Moss, as brasileiras Adriana Lima , Isabeli Fontana e Alessandra Ambrósio , além de nomes como Gigi e Bella Hadid , Candice Swanepoel, Irina Shayk, Lila Moss, Joan Smalls, Liu Wen (que, há 15 anos, foi a primeira mulher chinesa a desfilar no show), Barbara Palvin, Taylor Hill, Anok Yai e Imaan Hammam.
Entre as estreantes, se destacaram Alex Consani e a brasileira Valentina Sampaio , as primeiras mulheres trans a desfilarem no evento, e Ashley Graham e Paloma Elsesser , reconhecidas modelos consideradas ‘plus size’ no mercado atual. No entanto, quando o corpo tem curvas, a Victoria’s Secret decide cobrir a barriga, mostrando discretamente que impõe, sim, um limite para a inclusão.
ANOK YAI FOR VICTORIA’S SECRET!!! barbiee she’s stunnnnnnn pic.twitter.com/0vE57FfYcN
— ❦ (@saintdoII) October 15, 2024
Embora a diversidade de corpos seja visível no desfile e relevante em comparação às suas edições anteriores, não parece ser o suficiente para justificar a volta do Victoria’s Secret Fashion Show a longo prazo. Por outro lado, a falta de inclusão não é exclusiva desse evento, uma vez que é a realidade da maioria das passarelas das semanas de moda do mundo. Aliás, fazendo um comparativo em relação às últimas temporadas, a marca de lingerie estaria muito a frente de grifes que jamais pensariam em fugir da modelo com ‘barriga negativa’.
Nas redes sociais, o que nos chamou a atenção (e nos preocupou) foram comentários clamando pela presença da ‘beleza inalcançável’ no desfile . Será que os avanços dos últimos anos foi por água abaixo e estamos realmente vivendo a volta do culto à magreza? Será que, mesmo após anos de discussão, retornamos à estaca zero, e as pessoas não entenderam a importância e o real impacto que a representatividade em espaços como esse causa?
é claro que queremos inclusão nesse show, inclusão das mais bonitas e inalcançáveis do mundo na mesma passarela, queremos padrões inalcançáveis, asas de anjo, passarela com brilho, tudo que estiver fora da realidade mas só a victoria’s secret pode pic.twitter.com/W24dOGluwE
— Leticia (@hestweeknd) October 15, 2024
hi eu quero mulheres
gostosas com corpos e
padrões de belezas
inalcançáveis no Victoria’s
Secret Fashion Show e
nenhum tipo de representatividade pic.twitter.com/8S8jItk3zH— JEAN UCHIRA ARANA (@sasuke_jn) October 15, 2024
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Hoje queremos mulheres gostosas com corpos e padrões de beleza inalcançáveis no Victoria’s Secret Fashion Show e nenhum tipo de representatividade (
) pic.twitter.com/ctDwWqafc5 — khaleesı 𐚁 (@xavierrsy) October 15, 2024
Só nos resta esperar que, em uma próxima edição, o Victoria’s Secret Fashion Show prove que está olhando para o futuro e não abra espaço para retrocessos. Afinal, foi a impossibilidade de acompanhar as transformações sociais que gerou a decadência da marca.
os desfiles da victoria secrets literalmente acabaram pela recusa de representatividade e voltaram tendo que colocar mulheres gordas e trans, so sorry victoria secrets, o mundinho não é do jeito que vocês querem
pic.twitter.com/0yzrKWQns4 — gio grayson (@reddiewithluv) October 16, 2024